Andrés Rueda, presidente do Santos, não poupou palavras para descrever a fase complicada vivenciada no Alvinegro Praiano; dirigente assume bronca pela temporada
O presidente do Santos, Andrés Rueda, abriu o jogo sobre as circunstâncias atuais do clube. O Alvinegro Praiano luta para deixar a zona de rebaixamento e evitar a sua primeira queda para a Série B em toda a história do futebol brasileiro, além de lidar com questões financeiras e de mercado. Em entrevista ao Estadão, o dirigente admitiu todos os erros colecionados ao longo da temporada.
“O ano do Santos é tenebroso, é horrível até aqui. Não posso brigar com o que os resultados mostram”, cravou Rueda. “Nem de perto foi o que pensamos, mas as escolhas sempre foram feitas visando o acerto. Existem coisas que fizemos, que o torcedor não sabe, que estruturou o clube para um futuro. Mas 2023 é horrível. Sabemos que temos de correr contra o tempo para tirar o Santos desta situação. De agora até o fim do ano é zerar tudo e buscar recuperar o que podemos”.
A equipe paulista passou pelas mãos de diversos treinadores ao longo do ano, como Odair Hellmann, Paulo Turra e, agora, Diego Aguirre. Ainda assim, o aproveitamento do time segue preocupante no Brasileirão, única competição em que o clube conseguiu se manter. O Peixe foi eliminado na fase de grupos da Sul-Americana e nas oitavas de final da Copa do Brasil. No início do ano, o Santos também brigou para não cair no Paulistão, e sequer foi ao mata-mata.
“Eu sou responsável pelo que aconteceu. Não tem como brigar com o resultado, ou a falta dele. Todas as pessoas que passaram no Santos neste ano são muito boas profissionalmente, não tenho nenhum motivo para apontar o dedo ou reclamar de nenhum deles. Mas, quando não se tem resultado no futebol, é necessário mudar”, explicou Rueda.
“Trocamos o comando do time, trouxemos novos jogadores para qualificar o elenco e repor as saídas que tivemos e agora é fazer tudo que for possível para recolocar o Santos no patamar que merece”. Além disso, o presidente do Alvinegro destacou que a torcida tem razão em cobrar melhorias e criticar a gestão.
Eles estão certos em me criticar porque o Santos não vem desempenhando o que se espera dele. O torcer é o que move o clube e eu agradeço por eles estarem juntos para ajudar o time neste momento difícil. Precisamos de todos juntos, jogadores, comissão técnica, diretoria e torcida, para que o Santos consiga deixar esse momento para trás”.