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Futebol / CASOS DE RACISMO

Por casos de racismo contra Balotelli e Sterling, torcedores são banidos dos estádios

Um italiano e um inglês estão impedidos de frequentar eventos da União Europeia pelos próximos anos

Gabriela Santos Publicado em 10/01/2020, às 14h16

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Torcedores são banidos dos estádios por casos de racismo contra Balotelli e Sterling - GettyImages
Torcedores são banidos dos estádios por casos de racismo contra Balotelli e Sterling - GettyImages

Recentes casos de racismo no futebol europeu têm tomando conta dos noticiários. Nas principais ligas da Europa, principalmente na Itália, jogadores foram alvos de gritos discriminatórios vindos das arquibancadas. E nesta sexta-feira, 10, dois torcedores foram banidos por cinco anos das partidas de futebol da União Europeia. 

Os dois casos correspondem pelos ataques contra o atacante Sterling, do Manchester City, e contra Balotelli, do Brescia.

Na Inglaterra, Ian Baldry, de 58 anos, admitiu ter usado linguajar racista para comemorar o gol de Sterling na partida entre City e Bornemouth, em dezembro de 2018. Ele disse à Corte dos Magistrados de Manchester que usou o vocabulário racista devido a ‘empolgação do momento’ e que se arrepende das palavras usadas.

No caso da Itália, o acusado, que não teve o nome revelado, foi banido por direcionar ataques racistas contra Balotelli, em novembro do ano passado, na partida entre Verona e Brescia. O homem que é acusado de iniciar os cânticos racistas por parte da torcida do Verona, foi identificado pela polícia italiana através das filmagens do estádio. Assim como Ian, ele está impedido de frequentar eventos esportivos da União Europeia e de participar das concentrações de torcedores em dias de partida até 2025.

No episódio de Balotelli, o jogador chutou a bola em direção à torcida – que gritava insultos racistas – e ameaçou deixar o campo assim que escutou as ofensas. Após o caso, o Verona recebeu uma punição branda, sendo obrigado a disputar uma partida com parte da arquibancada fechada. O líder dos Ultras alegou não ter ouvido nada e foi banido pela diretoria do clube de entrar no estádio do Verona pelos próximos 11 anos.

Taison e Dentinho são vítimas de racismo na Europa

Em novembro, Shakhtar Donestk e Dínamo Kiev entraram em campo para mais uma rodada do Campeonato Ucraniano. O clássico ficou marcado por uma situação estarrecedora. Na reta final do segundo tempo, torcedores do Dínamo passaram a deferir palavras de cunho racista para Dentinho e Taison, ambos brasileiros.

Incomodado com a situação e com as ofensas, o ex-Internacional não aguentou a pressão e acabou mostrando o dedo do meio para os torcedores em questão e tentou os acertar com a bola. Após o desabafo, o craque acabou expulso de campo.

Além dele, Dentinho, ex-Corinthians, também foi alvo da parcela de torcedores em questão. Ao deixar o gramado, os dois não contiveram a emoção e acabaram chorando bastante. Consolados pelos companheiros de equipe e, até mesmo, dos adversários, os atacantes mostraram o quanto ficaram abalados.

Por meio das redes sociais, tanto o Shakhtar, quanto o Corinthians e Internacional fizeram publicações desejando forças para os atletas e repudiando quaisquer atitudes racistas dentro dos gramados.

"Vocês são os melhores! Estamos com vocês! #RacismoNão", disse o Shakhtar em publicação no Twitter.

“O Clube do Povo se solidariza com os atletas Taison, ídolo colorado, e Dentinho, vítimas de racismo neste domingo durante partida do campeonato”, escreveu o Internacional.

“Muita força a Dentinho e Taison, que lamentavelmente foram vítimas do asqueroso racismo no jogo entre Shakhtar Donetsk e Dínamo de Kiev, na Ucrânia, hoje”, pontuou o Timão.

Neste ano, especificamente, não é a primeira vez que este tipo de episódio toma conta dos gramados. Na Itália, recentemente, Balotelli tomou a mesma atitude após uma sequência de cânticos e ofensas racistas.