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Futebol / PRESIDENTE DO VERDÃO

Leila Pereira explica coletiva só com mulheres: “Que seja um marco”

Presidente do Palmeiras promove encontro apenas com jornalistas mulheres e destaca falta de representatividade no futebol sul-americano

Redação Publicado em 16/01/2024, às 13h31 - Atualizado às 16h50

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Leila Pereira explica coletiva só com mulheres: “Que hoje seja um marco” - Transmissão/ TV Palmeiras
Leila Pereira explica coletiva só com mulheres: “Que hoje seja um marco” - Transmissão/ TV Palmeiras

Presidente do Palmeiras, Leila Pereira promoveu nesta terça-feira, 16, uma coletiva de imprensa apenas para jornalistas mulheres. A mandatária do Verdão iniciou a conversa explicando a decisão de não ter homens desta vez.

Ela revelou que, após o anúncio da coletiva, foi questionada pela decisão e reforçou que precisa dar oportunidades. A presidente do clube paulista, única mulher no cargo entre times grandes da América do Sul, destacou a ação.

“É um prazer estar com vocês em um dia que posso dizer, sem sombra de dúvidas, para nós mulheres é histórico. Não conheço em nenhum caso, no mundo, uma entrevista coletiva termos convidadas somente mulheres. E quando nós tivemos a ideia, nós divulgamos e, por incrível que pareça, vi muitas nem críticas, mas perguntas de homens. Digo aos homens: não sejam histéricos. Não falam isto da gente quando reclamamos que precisamos ser ouvidas? Não somos histéricas”, começou a presidente.

“Queremos que hoje este encontro, durante 1h em que estivermos todas juntas, sem nenhum homem, quero que eles sintam o que sentimos desde que nascemos. Quero que sintam que toda a sociedade foque nisso, que nós mulheres não queremos privilégio”, completou.

Leila prosseguiu com o pronunciamento e destacou que “estar solitária” no cenário sul-americano não deve ser normalizado. A presidente do Verdão afirmou que a coletiva não foi motivada por uma notícia “bombástica”, apesar da renovação de Abel Ferreira até o fim de 2025.

“Eu me sinto extremamente solitária, temos de dar um basta nisso. Não pode ser normal. Ter uma mulher só na frente de um grande clube na América do Sul. Isto não é normal. Por que acontece? Porque sofremos diversas restrições que nos impedem chegar aonde podemos chegar”, disse.

“Muitas pessoas esperando uma notícia bombástica, o que para mim é extremamente relevante é que a sociedade nos enxergue como pessoas que querem ocupar os lugares que temos capacidade para tanto”, acrescentou a dirigente. 

Que hoje seja um marco para nós mulheres nos posicionarmos sempre. Somos capazes, só queremos mais oportunidades”, completou.