O grupo 'Flamengo da Gente' publicou uma nota contrária à parceria entre o clube e a empresa
Na última segunda-feira, 10, o Flamengo anunciou a acordo com a Havan, mais nova patrocinadora do clube.
Mais tarde ao anúncio, um grupo político do Flamengo emitiu uma nota repudiando e sendo contra o acordo do clube com a empresa. Dentre tantos motivos, o que parece ser o principal deles é a proximidade que o dono da empresa, Luciano Hang, tem com o Presidente Jair Bolsonaro.
Em uma das partes da nota, fica claro que o grupo não apoia e nem concorda com qualquer tipo de vínculo que o clube tenha com o Presidente da República e seus posicionamentos, como deixaram claro em diferentes momentos. "(...) não há como tapar o sol com a peneira: a Havan carrega Bolsonaro em sua garupa e a história julgará quem fez questão de ser sócio desse projeto político.", diz um dos trechos da nota.
De acordo com a ESPN, o acordo pode render ao Flamengo entre 6,5 e 8 milhões de reais nos quase oito meses de acordo firmado.
"O Flamengo da Gente lamenta a decisão da diretoria de associar a imagem do clube à empresa de um dos maiores fiadores e incentivadores de um governo responsável pela morte de centenas de milhares de brasileiros. Não é justificável o Flamengo aceitar levar na camisa uma marca que incentiva o negacionismo em relação à principal crise sanitária das últimas décadas.
A Havan é muito mais do que uma empresa catarinense de varejo. Seu dono se orgulha de ser um braço avançado de um projeto político de extrema-direita, com os ônus e bônus de seu posicionamento público. Há, por certo, questões econômicas e mercadológicas a serem ponderadas em qualquer cenário e a esse debate ninguém deve se furtar. Mas não há como tapar o sol com a peneira: a Havan carrega Bolsonaro em sua garupa e a história julgará quem fez questão de ser sócio desse projeto político.
Houve um tempo em que todos os brasileiros se orgulhavam da camisa da Seleção Brasileira. Hoje, infelizmente, a camisa da CBF virou símbolo de uma ideologia reacionária e ampla parcela dos brasileiros não se sente mais à vontade de envergá-la. Não podemos permitir que o Manto Sagrado enverede pelo mesmo caminho."
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