Chen Xuyuan, ex-presidente da federação chinesa de futebol, aceitou subornos que somam 11 milhões de dólares, sendo condenado à prisão perpétua
Redação Publicado em 26/03/2024, às 16h36
Nesta terça-feira, 26, Chen Xuyuan, ex-presidente da Associação Chinesa de Futebol, foi condenado à prisão perpétua por aceitar subornos que somam mais de 11 milhões de dólares (cerca de R$54 milhões), como informou a imprensa estatal da China, no âmbito de uma grande campanha contra a corrupção dentro do esporte.
Um tribunal da província de Hubei, na região central do país, condenou o ex-presidente da ACF “à prisão perpétua por aceitar subornos”. Entre os anos de 2010 e 2023, Xuyuan aproveitou seus cargos dentro da federação e em outras entidades “para aceitar ilegalmente somas de dinheiro de outras pessoas que alcançaram 81,03 milhões de yuanes”.
Chen Xuyuan, former head of the Chinese Football Association, was sentenced to life in prison on Tuesday by the Huangshi Intermediate People's Court in central China's Hubei for bribery worth over 81 million yuan (about $11.42 million). pic.twitter.com/qMJZU08TpK
— People's Daily, China (@PDChina) March 26, 2024
O dirigente esportivo procurou obter “vantagens indevidas para vários clubes de futebol e associações de futebol locais”, com a manipulação de resultados de jogos ou de ascensões, além de sanções contra árbitros. O jornal estatal da China diz que os subornos foram “particularmente enormes” e que as ações de Xuyuan minaram “a concorrência leal e a ordem no setor do futebol”. Chen assumiu a presidência da entidade em 2019, mas antes já havia ocupado cargos de destaque no futebol chinês. Em janeiro deste ano, confessou em um documentário exibido na televisão que havia aceitado dinheiro de pessoas que queriam um tratamento preferencial. “Os torcedores podem aceitar o fato de que a situação do futebol chinês é ruim. Mas não podem perdoar a corrupção”, afirmou.
