Mário Monteiro, que foi preparador do Flamengo na época de Vítor Pereira e Jorge Jesus, retrucou as críticas tecidas por Sampaoli, atual comandante do Rubro-Negro
Ligia de Toledo Saicali Publicado em 30/05/2023, às 12h13
Ex-preparador físico do Flamengo, Mário Monteiro abriu o jogo sobre Jorge Sampaoli e as críticas feitas pelo argentino. O atual treinador do Rubro-Negro havia detonado a condição física dos jogadores quando assumiu o cargo no clube ao dizer que estaria “longe do ideal” para um nível de alto intensidade. Em entrevista ao “GE”, o ex-membro da comissão técnica de Vítor Pereira e Jorge Jesus rebateu os comentários.
“Não concordo de jeito algum com essas críticas porque nós sempre treinamos com alta intensidade. E o Flamengo, acima de tudo, tem um departamento altamente qualificado com muita gente competente, onde sempre monitoramos os nossos treinos”, explicou Monteiro. “E segundo: acho que isso é uma forma de ele fugir às suas responsabilidades e estar sempre a atacar o preparo físico”.
Além disso, o ex-funcionário do clube carioca completou, destacando a era gloriosa com o ‘Mister’: “É preciso relembrar que o preparador físico que em 2019 ajudou o Flamengo a conquistar tudo foi o mesmo preparador físico dessa última passagem. Convém salientar que o grupo é excelente, não tenho a apontar a ninguém. Nem sempre as circunstâncias da vida nos permitem os mesmos resultados”.
Após a vitória sobre o Corinthians em rodada do Brasileirão, Sampaoli havia respondido sobre a intensidade das dinâmicas com elenco, em meio a lesões frequentes: “Eu recebi o time de uma forma, e a única maneira de modificar a forma é trabalhando, trabalhando, trabalhando. Não vejo outra forma de melhorar o time. E assim mesmo tem esse tipo de consequência. Para mim, seria muito mais fácil não trabalhar. Para jogar a intensidade que pretendo é preciso trabalhar e exigir muito mais”.
Além disso, Sampaoli reforçou suas críticas ao trabalho anterior, de Vítor Pereira. “Não há como o time ter o estilo que desejo se não tiver uma preparação excessiva e regular. E seguramente, no desenvolvimento, o time vai ter altos e baixos até que alcance uma qualidade física, técnica, tática e coletiva que permita um desenvolvimento normal”, ressaltou.
