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Futebol / TREINADOR HISTÓRICO!

Do Barcelona ao City: a revolução de Guardiola como treinador

De uma aposta catalã ao devorador de títulos, Pep Guardiola evoluiu desde a saída do Barcelona até o seu trabalho no Manchester City

Guardiola revolucionou o futebol com Barcelona e pode fazer isso mais uma vez pelo Manchester City - GettyImages
Guardiola revolucionou o futebol com Barcelona e pode fazer isso mais uma vez pelo Manchester City - GettyImages

Vitorioso no Barcelona, vitorioso no Bayern de Munique e vitorioso no Manchester City. Guardiola tem 16 anos de carreira como treinador profissional, experiência em três gigantes europeus e 34 títulos conquistados até o momento. Neste sábado, 10, ele pode vencer a sua 35ª taça e essa será uma das mais especiais de todas que já empilhou em sua sala de troféus.

Responsável por revolucionar o futebol no fim dos anos 2000, Pep Guardiola encantou o mundo com uma maneira diferente de jogar futebol. O treinador utilizou o DNA ofensivo do Barcelona e potencializou essa qualidade a um nível nunca visto antes. Com posse de bola, paciência e precisão, ele encantou o mundo. Desde o goleiro até o centroavante, todos participavam das jogadas e esse senso coletivo contaminou, no bom sentido, o futebol como um todo.

Guardiola soube aliar a plástica, o ‘bonito do futebol’, com a precisão e a efetividade. Essa mistura culminou em um dos maiores times da história e que conseguiu vencer tudo o que era possível. Foram 247 partidas oficiais na frente do Barcelona e impressionantes 179 vitórias. Ou seja, 72,5% de aproveitamento, que resultaram em 14 títulos, entre eles duas Champions League, além de 638 gols feitos, uma média de 2,58 gols por jogo.

O que mais impressiona é que toda essa revolução aconteceu com um esquema 4-3-3 e sem um camisa 9, além de um período de ‘apenas’ quatro temporadas. Essa hegemonia só não seguiu, pois o mesmo entendeu que o momento era de mudança. Sendo assim, Guardiola trocou a Espanha pela Alemanha, ou melhor, o Barcelona pelo Bayern de Munique. A expectativa em torno deste trabalho foi grande, mas não foi preenchida por completo.

GUARDIOLA
Guardiola revolucionou o futebol mundial com o Barcelona e pode fazer isso novamente com o City (Crédito: GettyImages)

Com um time diferente do que tinha no Barcelona, Guardiola manteve o toque de bola, a ofensividade e até chegou a aumentar um pouco mais a sua intensidade. Mas a mudança para Alemanha ficou caracterizada pela quebra do esquema 4-3-3. Apesar ter existido variações com três zagueiros na época em que comandou o Barça, foi no Bayern de Munique que ele buscou alternativas para uma tática que já era revolucionária.

Guardiola colocou em prática um 5-3-2, variou para 3-5-2 e chegou a terminar a sua passagem pela Alemanha com um 3-4-3. Com um centroavante de referência e novas peças, o catalão encontrou intensidade e resultados em território nacional, mas acumulou frustrações nas semifinais da Champions League. Faltava algo para encontrar a melhor versão de sua nova proposta. E ela veio, mas não foi em território bávaro, mesmo com 120 vitórias em 160 jogos, além sete títulos e 75% de aproveitamento,  o melhor de sua carreira.

O Bayern de Munique não podia esperar por essa evolução e Guardiola precisava de um local onde tivessem paciência e acreditassem no seu trabalho. O Manchester CIty apareceu como a opção ideal e o resultado chegou, porém demorou. Atualmente, ele está na sua sétima temporada na Inglaterra. Sucesso nacional, vencedor absoluto na Premier League, um devorador de gigantes ingleses. No entanto, ainda falta a Champions League.

Ela esteve perto em 2020/21, mas o Chelsea a tirou das mãos do catalão, que não vence uma Liga dos Campeões desde 2010/11. 12 anos depois, contra a Inter de Milão, esse jejum pode acabar e também marcar uma nova revolução de Guardiola no futebol mundial. Da paciência na época de Barcelona, ele se renovou, manteve um pouco dessa característica, mas priorizou a intensidade.

E ela foi vista em seu melhor nível na semifinal desta temporada da Champions League, no 4 a 0 contra o Real Madrid, em pleno Etihad Stadium. Essa intensidade pode ser chamada de blitz, pressão, seja lá o que for, porém marca o acerto tático de Guardiola em relação a nova forma do futebol ser praticado. O 4-3-3 do passado apareceu durante anos na Inglaterra, porém foi com um esquema de três zagueiros que ele encontrou o ápice da ofensividade com volume de jogo.

Já são 412 jogos pelo Manchester City, 299 vitórias, 72,5% de aproveitamento, 1014 gols feitos, 14 títulos conquistados e todos esses números grandiosos poderão ser coroados neste sábado, 10, com o título da Champions League. O seu tricampeonato europeu pode então significar o seu bicampeonato na disputa pela revolução do futebol mundial. 

VEJA O RESUMO DOS NÚMEROS DE GUARDIOLA!

  • BARCELONA:

247 jogos

179 vitórias 

72,4% de aproveitamento 

638 gols feitos - 2,58 gols por jogo

14 Títulos

4 temporadas 

  • BAYERN DE MUNIQUE:

160 jogos 

120 vitórias 

75% de aproveitamento

391 gols - 2,4 gols por jogo 

7 títulos

3 temporadas 

  • MANCHESTER CITY:

412 jogos 

299 vitórias 

72,5% de aproveitamento 

1014 gols - média de 2,5 gols por jogo 

13 títulos

7 temporadas