Atacante inglês disse que sentiu falta da liderança do governo em evitar maiores complicações por conta da pandemia
Pedro Ungheria Publicado em 16/03/2020, às 15h25
O coronavírus segue dando o que falar no mundo esportivo. Em uma recente entrevista para o jornal Sunday Times, Wayne Rooney, ídolo do Manchester United e Seleção Inglesa, que atualmente joga pelo Derby Country, abriu o jogo sobre seu ponto de vista do assunto.
Para o atacante, a demora das entidades esportivas e das autoridades governamentais foi tratada como um descaso, por isso da demora na tomada de decisões para o cancelamento das atividades futebolísticas no país europeu.
A rodada do fim de semana na Premier League e na Liga Inglesa de Futebol foi interrompidahttps://sportbuzz.uol.com.br/noticias/futebol/tecnico-do-futebol-espanhol-morre-em-decorrencia-do-coronavirus.phtml apenas na sexta-feira, após o técnico do Arsenal, Mikel Arteta, e o atacante do Chelsea Callum Hudson-Odoi terem dado positivo para o vírus.
"Por que esperamos até sexta-feira? Por que esperamos Mikel Arteta ficar doente para o jogo na Inglaterra para fazer a coisa certa? Para os jogadores, funcionários e suas famílias, foi uma semana preocupante - em que você sentiu falta de liderança do governo, da FA e da Premier League", escreveu Rooney.
Ainda no assunto, ele disse que via o tratamento das federações com os atletas como de ‘cobaias’, afinal, estavam à prova da situação, sem saber como reagir, ou o que fazer.
"Após a reunião de emergência, finalmente a decisão certa foi tomada - até então quase parecia que jogadores de futebol na Inglaterra estavam sendo tratados como cobaias. Eu sei como me sinto. Se alguém da minha família for infectado por mim porque eu tive de jogar quando não é seguro e eles ficarem gravemente doentes, eu teria de pensar muito em voltar a jogar. Eu nunca perdoaria as autoridades", pontuou o astro.
Por fim, o astro, de 34 anos ainda deixou no ar uma polêmica ao dizer que ficou em aberto uma dúvida sobre o motivo que estaria fazendo a liga inglesa demorar para agir. Em tons conclusivos, ele disse que chegaram a criar a possibilidade de ter dinheiro envolvido no assunto.
"O restante do esporte - tênis, Fórmula 1, rugby, golfe, futebol em outros países - estava parando e nos disseram para continuar. Acho que muitos jogadores pensaram: 'Isso tem a ver com o dinheiro envolvido?", questionou.
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