Antonio Carlos Zago deixou o Coritiba sem vitórias e ainda acumulou uma grande polêmica em sua saída; veja detalhes da demissão
António Carlos Zago não é mais técnico do Coritiba. O anúncio foi realizado nesta terça-feira, 27, e veio depois de algumas fortes declarações do treinador no último domingo, 25. Na oportunidade, ele individualizou os erros da equipe, se isentou da goleada sofrida para o Grêmio e ainda disse que se o time não se reforçasse iria cair para a Série B "rapidinho". As fortes declarações foram determinantes para que a sua queda fosse oficializada.
Zago chegou ao Coritiba no início do Brasileirão e com a missão de recuperar a equipe de frustrações no estadual, porém ele não conseguiu ter sucesso em sua missão. Ele acumulou eliminação na Copa do Brasil, mas viu o rendimento no Campeonato Brasileiro ser determinante para que a sua queda acontecesse. Isso porque, o Coxa não venceu partidas nesta edição da competição nacional.
Sob o comando de António Carlos Zago, o Coritiba não soube o que é vencer no Brasileirão. Somando a queda na Copa do Brasil, o treinador sofreu sete derrotas e perdeu quatro vezes em 11 partidas que esteve no comando do Coxa. Ao todo, ele somou um percentual de 12% de aproveitamento, o mais baixo dentre os técnicos do campeonato. Além disso, a equipe está isolada na lanterna do campeonato.
Vale destacar que a demissão de Zago partiu de um entendimento entre as diretorias da SAF e também do clube. As fortes declarações após a goleada sofrida para o Grêmio foram determinantes para que ele perdesse o seu emprego. Desta forma, o Coxa agora vai precisar achar um substituto para o treinador o quanto antes no mercado da bola. Situação da equipe no Brasileirão é extremamente delicada.
“Se não chegar alguma coisa para qualificar o elenco, vai para a Série B rapidinho. Não é forte, não, (declaração), é o que pode acontecer com o Coritiba. Se não reforçar, vai cair. Tempo de salvar dá, desde que você consiga qualificar o elenco", destacou. Zago ainda continuou o seu desabafo e deixou claro que não é ele quem define as jogadas dentro de campo.
“Uma equipe é construída em dezembro, janeiro. Se foi construída errada, não dá para remediar muito. A janela é para você pincelar, dois a três reforços. Do jeito que estamos vendo, precisamos de sete a oito. E não é fácil achar oito no mercado neste momento”, afirmou após o jogo.
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“É uma coisa que vem acontecendo desde o Paranaense, não é de agora. Já passou um treinador aqui, não conseguiram classificar para a semifinal do Paranaense, foram desclassificados da Copa do Brasil. Chegou outro treinador (no caso, Zago) e não conseguimos nenhuma vitória. É uma coisa que acontece há muito tempo. A gente sempre procura falar, mas não tem como o treinador entrar no campo e fazer gol, acertar as coisas. Foram muitos erros individuais”, completou.
Além disso, Zago declarou que quer seguir no Coritiba: “Vontade de trabalhar eu sempre vou ter, faz parte do meu DNA, do meu sangue. Abaixar a cabeça eu nunca vou. A questão da continuação ou não é com a diretoria. O trabalho vai ser o mesmo. Eles são profissionais e estão errando. Já falei na cara, falo no dia a dia e estou falando aqui agora. Chega só da gente ter culpa naquilo que fazemos. Tem que ser mais homem dentro de campo”.