Após punição da Uefa, Citizens apelam contra decisão e podem se beneficiar enquanto caso não é definido
Gabriela Santos Publicado em 25/03/2020, às 11h53
O Manchester City pode ter complicações para tentar reverter a punição da Uefa, que baniu o clube das competições continentais pelas próximas duas temporadas.
Segundo o jornal Daily Mail, oito dos 10 primeiros colocados do Campeonato Inglês enviaram cartas à Corte Arbitral do Esporte (CAS) para assegurar que a punição ao City não seja suspensa enquanto o clube apela contra a decisão da entidade máxima do futebol europeu. Caso o pedido seja aceito, os Citizens ficariam impedidos de disputar a Champions League da próxima temporada.
De acordo com a publicação, os pedidos foram enviados por Liverpool, Leicester, Chelsea, Manchester United, Wolverhampton, Tottenham, Arsenal e Burnley. Entre os 10 primeiros da Premier League, apenas Sheffield United e o próprio Manchester City não enviaram as cartas.
O caso
Em fevereiro, a Uefa anunciou que o Manchester City foi banido pelas próximas duas temporadas das competições europeias, como punição ao descumprimento e fraude das regras de fair play financeiro. A entidade ainda multou o clube inglês em 30 milhões de euros (R$ 140,2 milhões).
Após a decisão da Uefa, os Citizens registraram recurso na Corte arbitral do Esporte (CAS) na tentativa de reverter a punição. Em comunicado oficial, o tribunal disse que não há prazo para decidir sobre o caso. Isso poderia favorecer o City, que tentaria uma "manobra" para poder disputar a Champions League da próxima temporada normalmente.
Inicialmente, as denúncias contra o clube foram feitas pela revista alemã Der Spiegel, em novembro de 2018. E-mail vazados apontaram irregularidades nos valores recebidos pelo Manchester City por meio de Sheik Mansour bin Zayed Al Nahyan, proprietário do clube e integrante da família que governa Abu Dhabi.
Segundo a investigação, apenas 12% dos 67,5 milhões de libras para patrocínio de camisa, estádio e as divisões de base foram de fato pagos pela Etihad Airways. Embora descrito como verba de patrocínio no balanço do clube, o restante do valor foi aporte direto do dono clube. Essa é prática proibida pela Uefa.
A punição da entidade vale a partir da temporada 2020/ 2021.
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