Cidades francesas, incluindo Paris, anunciaram que não organizarão nenhum tipo de evento destinado à Copa do Mundo em forma de protesto ao Catar como país sede
Nesta segunda-feira, a prefeitura de Paris anunciou que não irá organizar nenhum tipo de evento relacionado a Copa do Mundo deste ano, o que inclui disponibilizar telões ao redor da cidade para transmitir os jogos. A decisão foi tomada como uma medida de protesto em relação ao país sede da competição, o Catar.
Além disso, também acompanha outras cinco cidades francesas que já haviam anunciado a mesma postura anteriormente, sendo elas, Lille, Estrasburgo, Reims, Bordeaux e Marselha. O Secretário de Esportes da capital, Pierre Rabadan, justificou a ação pelas "condições da organização do Mundial, tanto na vertente ambiental quanto social", além de também citar o fato de a competição acontecer no final do ano.
O prefeito de Bordeaux também comentou sobre o assunto: "Comprometidos com os valores do compartilhamento, da solidariedade no esporte e da construção de um lugar mais sustentável, não podemos contribuir para a promoção da Copa do Mundo de 2022 no Catar, que se tornou um desastre humano e ambiental", afirmou Pierre Hurmic.
Segundo a ONG Anistia Internacional, ocorreram abusos trabalhistas junto às pessoas que trabalhavam para a construção dos estádios. O jornal "The Guardian" fez um levantamento que indicou a morte de cerca de seis mil pessoas de forma direta ou indireta com as obras para a Copa, desde 2010, quando o país foi escolhido como sede oficialmente.
Diversos protestos estão sendo feitos em relação a esta escolha, principalmente nas últimas semanas. A Dinamarca lançou seus uniformes com este intuito, com a "Hummel", fornecedora do material esportivo da Seleção Dinamarquesa, dizendo que "não querem estar visíveis em um torneio que custou a vida de milhares de pessoas", já que a camisa é monocromática.
This shirt carries with it a message.
— hummel (@hummel1923) September 28, 2022
We don't wish to be visible during a tournament that has cost thousands of people their lives.
We support the Danish national team all the way, but that isn't the same as supporting Qatar as a host nation. pic.twitter.com/7bgMgK7WzS