As ondas amanheceram mais baixas na terça-feira, 04, em
Main Break, com séries de 3-4 pés, mas com boa formação e mais limpas para a continuação do
Margaret River Pro, que é disputado na
Austrália. As oitavas de final femininas abriram o dia e a gaúcha
Tatiana Weston-Webb mostrou a força do seu backside para vencer sua bateria.
A programação era de os homens também competirem, mas as ondas foram se deteriorando durante a manhã e as oitavas de final masculinas foram adiadas.
A próxima chamada será às 7h, de amanhã, quarta-feira, 05, na Austrália, e às 20h de hoje (terça-feira), no
Brasil. As quartas de final femininas já foram definidas e as australianas vão disputar a classificação para as semifinais em todas as baterias. Na primeira, a local de Margaret River,
Bronte Macaulay, enfrenta a francesa
Johanne Defay.
Na segunda, a brasileira
Tatiana Weston-Webb encara a bicampeã mundial
Tyler Wright. Na terceira, a havaiana tetracampeã
Carissa Moore entra com a lycra amarela de número 1 do ranking com
Isabella Nichols. E a última é um clássico australiano, entre
Stephanie Gilmore e
Sally Fitzgibbons.
BATERIA DE TATI WESTON-WEBB
A gaúcha entrou na terceira bateria do dia com Sage Erickson, norte-americana que ela já havia derrotado em dez das treze baterias que se enfrentaram em etapas do CT. Em Margaret River não foi diferente e uma nota 4,77 foi suficiente para a brasileira vencer fácil por 13,27 a 9,00 pontos.
Além disso,
Tatiana Weston-Webb recebeu 8,50 dos juízes em uma direita destruída por duas batidas verticais de backside, um rasgadão jogando água pra cima, seguido por um floater e mais uma pancada na junção, para finalizar a sua melhor apresentação nas três etapas da "perna australiana" do CT 2021.
"Eu falei com meu técnico antes da bateria e ele me disse para ficar ligada com o vento, para não surfar no topo da onda, mas logo na primeira que peguei já fui com tudo, soltei a rabeta lá no alto e pensei: será que não exagerei?", contou Tatiana Weston-Webb à WSL, que emendou:
"Só que acabei ganhando minha maior nota nessa onda (8,50), então fiquei amarradona. Achei que faltou uma segunda onda boa, mas estou feliz com meu desempenho. Eu procurei onda que abrisse mais parede para fazer duas manobras fortes, mas você nunca sabe como vai ser nessa condição de mar. Então, não dá para desperdiçar nenhuma chance, precisa ir na fé".
Tatiana foi vice-campeã no último campeonato, em Margaret River, em 2019, mas agora terá um grande desafio para chegar na final novamente, a bicampeã mundial Tyler Wright. As duas já se enfrentaram 18 vezes no CT e a brasileira só superou a australiana em seis baterias.