Ciclismo e natação possuem novas regras para pessoas transgênero - Getty Images
DIVERSIDADE?

Ciclismo e natação aumentam restrições para pessoas trans

No ciclismo, limite de testosterona foi diminuído; na natação, atletas que passaram pela puberdade masculina após os 12 anos não poderão competir

Redação Publicado em 21/06/2022, às 13h14

Os órgãos máximos do ciclismo e da natação, a União Ciclística Internacional (UCI) e a Federação Internacional de Natação (Fina), respectivamente, estabeleceram novas regras para a participação de atletas trans. Na modalidade terrestre, o novo regulamento foi divulgado no último dia 6, enquanto no esporte aquático, as imposições foram compartilhadas a público no último domingo, 19, durante o Mundial na Hungria.

A UCI definiu uma norma específica para mulheres trans: o intervalo de transição hormonal requerido passou de 12 meses para 24. A decisão foi tomada diante de novos estudos divulgados na área, que argumentam sobre o tempo de readaptação da massa magra e na capacidade de força aplicada para o gênero em questão.

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“As últimas publicações científicas demonstram claramente que o retorno dos marcadores de capacidade de resistência ao ‘nível feminino’ ocorre dentro de seis a oito meses sob baixa testosterona no sangue, enquanto as esperadas adaptações na massa muscular e força/potência muscular demoram muito mais – dois anos no mínimo, de acordo com um estudo recente”, apontava a publicação científica.

No caso das modalidades de natação, polo aquático, maratona aquática, salto artístico, entre outras, competidores que são homens trans poderão disputar tendo realizado a readequação de gênero em qualquer momento da vida. No entano, mulheres trans que tenham passado por uma “puberdade masculina” depois dos 12 anos não poderão participar.

Competidora trans na natação, Lia Thomas

 

Ambas organizações estabeleceram o limite máximo de 2,5 mmol/L de testosterona. “2,5 milimoles de testosterona é extremamente baixo até para pessoas que não são atletas. Então, a gente pode, sim, claramente, dizer que essa política de inclusão está basicamente excluindo todas as mulheres trans”, afirmou Joanna Maranhão, ex-nadadora que hoje integra o Conselho de Ética do COB, sobre o caso.


 

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