Sob protestos da torcida, Fernando Diniz é apresentado no São Paulo

Na noite da última quinta-feira, 26, o São Paulo FC anunciou a contratação de Fernando Diniz como o novo técnico do clube. Após o desligamento de Cuca, o tricolor cogitou manter Vagner Mancini nas próximas partidas, porém, logo mudou de ideia e oficializou a negociação com o ex-Fluminense.

Em sua apresentação, Fernando conversou com parte dos jogadores e participou das atividades desta manhã. Após o primeiro contato com o elenco, o mais novo comandante deu uma entrevista coletiva, a qual entrou em diversos assuntos, principalmente sobre a pressão que terá neste novo trabalho.

"Pressão existe, ficar muito tempo sem ganhar títulos aumenta a pressão. Quanto ao time, a gente procurou mexer o mínimo possível na estrutura que estava aí. O jogo é amanhã, os jogadores estavam em um processo de recuperação contra o Goiás. É levar um time forte e determinado para fazer um grande jogo no Rio de Janeiro", disse Diniz.

A pergunta foi feita com base em algumas publicações feitas pela principal torcida organizada do clube, a Independente. Nos posts em questão, os mesmos disseram que a diretoria havia tomado mais uma atitude errada, pediram que o novo comandante ‘pise devagar’ e se compararam a palhaços.

Ainda no bate-papo, Fernando disse que vive o auge de sua carreira e está pronto para fazer um trabalho prestigioso com o elenco que tem disponível.

"Certamente, a minha carreira está evoluindo. É o auge da minha carreira até agora. Peguei Athletico, Fluminense e São Paulo. É fazer com que os jogadores joguem bem, da maneira que todos esperam e de forma bonita", declarou.

Veja outros pontos da entrevista:

Respaldo da diretoria

"O que todo mundo quer é vencer. As pessoas falam de resultado, mas o Fluminense, quando saí, ele estava na parte final da Sul-Americana e, embora não fosse bem no Brasileiro, tinha o apoio absoluto do torcedor. Ele tinha naquilo a ideia de futuro, o que é primordial".

Elenco do São Paulo:

"O grupo se encaixa perfeitamente, jogadores de muita qualidade, jogadores renomados, vencedores. E o São Paulo é um celeiro de craques da base. Estou muito bem amparado. A gente quer vencer, a gente espera vencer o quanto antes para fundamentar o trabalho".

Trabalho de Cuca:

"Não vou chegar aqui e mudar tudo o que está sendo feito, o Cuca é um grande treinador. É adaptar o time aos poucos na forma de pensar. É a vida, jogar como o São Paulo. A torcida está certo. Estive na terceira divisão há dois anos".