Penta 20 anos: o que mudou na Seleção Brasileira de lá para cá? - Getty Images
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Penta 20 anos: o que mudou na Seleção Brasileira de lá para cá?

Faz 20 anos que o Brasil conquistou sua última Copa do Mundo e, de lá para cá, a Seleção passou por uma série de conquistas e frustrações; relembre!

Lucas Cesare Publicado em 30/06/2022, às 05h00 - Atualizado às 05h00

Há exatos 20 anos, no dia 30 de junho de 2002, a Seleção Brasileira levantava o troféu de campeã da Copa do Mundo pela quinta vez em sua história. Com dois gols de Ronaldo Fenômeno, a Canarinho superou a Alemanha, por 2 a 0, e cravou a quinta estrela em seu peito, se tornando a primeira e única seleção pentacampeã mundial de futebol!

Após aquela conquista, muita coisa mudou! 20 anos se passaram, quatro Copas do Mundo foram disputadas e a seleção ainda busca o hexacampeonato... Em compensação, o Brasil obteve sucesso em outras competições, como na Copa América e na Copa das Confederações. Craques surgiram, outros penduraram as chuteiras e cinco técnicos já passaram pelo comando da seleção, até chegar aos dias atuais.

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CANAL - SPORTBUZZ: 

Pensando nisso, o SportBuzz preparou um especial relembrando os principais feitos da Seleção Brasileira nestes últimos 20 anos! Para facilitar, vamos dividir a matéria conforme os “ciclos” de Copa do Mundo e seus respectivos treinadores, ou seja, de 2002 até 2006, 2006 até 2010, 2010 a 2014, e assim por diante. Confere aí:

2002 até 2006 - Carlos Alberto Parreira

Após a conquista da Copa do Mundo, Felipão deixou o cargo de treinador para assumir a seleção portuguesa. Zagallo comandou o Brasil interinamente em uma partida, até dar lugar a Carlos Alberto Parreira, que seria o novo técnico até a Copa de 2006.

Parreira viveu bons momentos à frente da seleção. Com uma safra repleta de bons jogadores, que mesclava a experiência dos atletas campeões em 2002, com o talento de jovens que estavam surgindo, como Adriano Imperador e Robinho, a Canarinho se sagrou campeã da Copa América em 2004 e da Copa das Confederações em 2005, ambas sobre a maior rival: Argentina.

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Conquistando tudo o que havia disputado nos últimos anos e com um elenco muito qualificado, a seleção chegou como a favorita para conquistar a Copa do Mundo de 2006, disputada na Alemanha. Após ótimos resultados no início do torneio, o time acabou eliminado para a França nas quartas de final, com gol de Thierry Henry.

2006 até 2010 - Dunga

Depois da eliminação, Parreira deu lugar a Dunga no comando da Seleção Brasileira. Campeão e capitão na Copa do Mundo de 1994, o treinador fez um bom trabalho à frente da Canarinho até a Copa de 2010, conquistando a Copa América de 2007, novamente sobre a Argentina, e a Copa das Confederações de 2009, desta vez sobre os Estados Unidos.

Apesar de bons resultados, Dunga nunca conseguiu agradar a todos como o técnico da Seleção e acabou sendo bem criticado por não convocar Neymar e Ganso (que na época ainda eram muito jovens) para o Mundial de 2010, na África do Sul, onde o Brasil acabou sendo eliminado para a Holanda, novamente nas quartas de final, em jogo marcado por falhas do goleiro Júlio César e do volante Felipe Melo.

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2010 até 2012 - Mano Menezes

Dunga deixou a seleção após a Copa e acabou sendo substituído por Mano Menezes, que estava em alta depois de um ótimo trabalho à frente do Corinthians. Contudo, o técnico não conseguiu se firmar no cargo, ficou marcado após a eliminação precoce do Brasil na Copa América de 2011, quando caiu para o Paraguai, nas quartas de final, sem acertar nenhum pênalti em suas cobranças, e acabou demitido em 2013, dando lugar a Felipão.

2013 e 2014 - Luiz Felipe Scolari

De volta à seleção após 11 anos, Felipão tinha a dura missão de transformar um time desacreditado, em uma equipe com potencial para vencer a Copa do Mundo, em apenas dois anos de trabalho. E logo em seu primeiro ano de volta, o técnico conduziu o time à conquista da Copa das Confederações, com um baile em cima da Espanha (atual campeã do mundo) na decisão, vencida por 3 a 0.

O título deu motivação ao time, que iria disputar a Copa do Mundo em casa. Na fase de grupos, o Brasil venceu a Croácia (3 a 1), empatou com o México (0 a 0) e derrotou Camarões (4 a 1), se classificando para a próxima fase. Nas oitavas, derrotou o Chile, nos pênaltis, em um jogo dramático. Depois, superou a Colômbia nas quartas (2 a 1), mas o jogo foi marcado pela lesão de Neymar, que machucou a terceira vértebra da coluna e precisou dar adeus à Copa do Mundo.

Sem seu principal jogador, o Brasil chegou sem confiança à semifinal, onde enfrentou a Alemanha e acabou sofrendo a maior derrota de sua história, um 7 a 1 em pleno Mineirão. O icônico resultado ficou marcado na história e talvez seja o retrato do pior momento que a Seleção Brasileira viveu nestes últimos 20 anos.

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2014 até 2016 - Dunga

Após a Copa, Felipão foi demitido, dando lugar a outro velho conhecido: Dunga, que retornou ao cargo  depois de quatro anos. A segunda passagem do comandante, entretanto, não foi nem um pouco parecida com a primeira em termos de títulos. O Brasil disputou duas edições da Copa América, em 2015 e 2016, e acabou precocemente eliminado em ambas.

Na primeira, a seleção foi novamente eliminada para o Paraguai nas quartas (novamente nas cobranças de pênaltis) e em 2016 o vexame conseguiu ser ainda pior, ficando em terceiro lugar de seu grupo e caindo ainda na primeira fase. Após a segunda eliminação, o clima se tornou insustentável para Dunga, que foi demitido do cargo e substituído por Tite.

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2016 até os dias atuais - Tite

Tite assumiu a seleção em junho de 2016, seis meses depois de se sagrar campeão brasileiro pela segunda vez à frente do Corinthians. O treinador teria dois anos para colocar o time em ordem e levar a melhor equipe possível para a disputa da Copa do Mundo de 2018, na Rússia.

Conseguindo a melhor campanha das Eliminatórias Sul-Americanas, Tite levou o Brasil com moral ao Mundial, com apenas uma derrota sofrida desde que havia assumido o cargo. Porém, o time acabou caindo novamente nas quartas de final do torneio, desta vez para a Bélgica e adiou mais uma vez o sonho do hexa.

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Entretanto, o bom trabalho feito pelo treinador fez com que ele fosse mantido no cargo, com o intuito de levar uma equipe forte para a Copa do Mundo de 2022, no Catar. Em 2019, o Brasil venceu o Peru e voltou a se sagrar campeão da Copa América depois de 12 anos. Já na Copa América de 2021 (que era para ter acontecido em 2020, mas precisou ser adiada por conta da pandemia) o time acabou perdendo a final para a Argentina, por 1 a 0.

Agora, no ano da Copa do Mundo, Tite conseguiu a melhor campanha da história das Eliminatórias Sul-Americanas, com 45 pontos conquistados e, com um time que mescla a experiência de grandes jogadores (como Thiago Silva e Neymar), com uma nova safra de jovens talentosos (como Raphinha, Antony e Vinicius Jr.), a Seleção Brasileira vem se mostrando bem preparada para ir ao Catar em busca do tão sonhado hexacampeonato da Copa do Mundo.

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