Rogério Ceni - Getty Images
CARTA BRANCA

Após desabafo sobre a goleada, Ceni recebe carta branca do Cruzeiro; organizada ainda protesta

O técnico da Raposa falou em mudanças na equipe e teve apoio da torcida

SportBuzz DIGITAL Publicado em 10/09/2019, às 21h30

No último domingo, 8, o Cruzeiro perdeu de 4 a 1 para o Grêmio dentro de casa. Depois da goleada, o técnico Rogério Ceni desabafou e cobrou mudanças no time, chegando a afirmar que "se o time não mudasse, não fazia sentido ficar".

A declaração do ex-jogador comoveu grande parte dos torcedores, que manifestaram apoio ao comandante da Raposa. 

Nesta terça-feira, 10, após protestos, vaias e declarações, o diretor de futebol Marcelo Djian se reuniu com Ceni para falar sobre o futuro do time. Em coletiva de imprensa depois do encontro, o dirigente afirmou que deu carta branca ao técnico, que terá o apoio da diretoria para mudar o que julga necessário. Rogério assumiu o comando Cruzeiro em agosto, após a demissão de Mano Menezes.

"Conversamos hoje, ele não passou nome de jogadores, disse que alguns atletas estarão treinando normalmente, mas que quem ele achar que tem que ter um complemento, será feito um complemento após os treinamentos", afirmou o diretor de futebol. 

Djian também comentou que alguns jogadores farão mais tempo de treino para recuperar o ritmo e que os mesmos não estarão na partida de sábado, 14, contra o Palmeiras. 

"Tivemos uma conversa com o Rogério, é lógico que a decepção é grande depois de dois resultados negativos. Desde que foi contratado, eu disse a ele que ele teria o respaldo da diretoria. Ele tem nosso total apoio, poderá fazer as modificações que quiser, se achar que tem que ser feito. Tem nosso apoio", completou.

PROTESTOS

Ainda nesta terça, a torcida organizada Máfia Azul compareceu novamente a Toca da Raposa. Cobrando postura da equipe, eles alegaram que farão protestos "de segunda a segunda" e cobram que o presidente do Cruzeiro "dê as caras".

DEPOIS DA GOLEADA

Rogério Ceni não ficou nada satisfeito com a atuação da equipe. Muito menos a torcida, que vaiou os jogadores no final da partida contra o Grêmio. Na entrevista pós-jogo, o técnico falou sobre a postura da equipe e cobrou mudanças drásticas.

“A única coisa que eu digo é que, se for para continuar no Cruzeiro, tem que ser de maneira diferente. A gente precisar mudar drasticamente a situação, mesmo que a gente apanhe nos próximos jogos, mas a atitude temos que mudar, caso contrário, não faz sentido nem eu ficar aqui, muito menos comparecer após jogo para dar entrevista", desabafou ele, envergonhado.

Ceni assumiu o Cruzeiro em um momento conturbado da equipe, logo após a saída de Mano Menezes, em agosto. Ele se colocou como um dos responsáveis pela goleada dentro de casa, mas não como o vilão da história.

"Também faço parte de tudo isso, apesar de ter chegado recentemente. Mas já são três semanas de trabalho. Até me sinto envergonhado de vir aqui, para ser sincero. Eu preferia não dar entrevista. Vim por educação, cumprir o meu papel. Eu já perdi na minha vida muitos jogos, mas existem maneiras e maneiras de ser derrotado. A situação já é muito delicada. Eu lamento ter de vir falar, pela situação, com derrota no meio de semana e hoje também", afirmou o comandante. 

Em seguida, ele falou sobre a equipe e as alterações que acredita que devem ser feitas na postura do grupo dentro de campo, sem que seja necessário tirar algum jogador. 

"Não é tirar, afastar. Temos que fazer comportamentalmente, talvez fazer para alguns atletas uma intertemporada, parar por uma semana, sem jogo. Modificar a maneira de jogar, por mais que eu goste de um futebol ofensivo e tente privilegiar jogadores de alta qualidade técnica", completou. 

protestos Cruzeiro Cruzeiro x Grêmio Rogério Ceni

Leia também

Emiliano Díaz publica despedida do Vasco: “Para sempre”


Cássio desabafa após perda da vaga, mas garante: "Que líder eu seria…"


John Kennedy se pronuncia após afastamento por indisciplina: "Não foi…"


São Paulo x Palmeiras: Zubeldía explica esquema e elogia a torcida


Após suspensão, Gabigol é liberado a jogar pelo Flamengo


Abel vê Palmeiras ligeiramente melhor que o São Paulo em clássico