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São Paulo Planeja Velódromo para Fortalecer Ciclismo Paralímpico

A busca por uma posição de destaque nos Jogos Paralímpicos leva a capital a considerar a construção de um velódromo coberto, para o ciclismo

Julia Anastácio, sob supervisão de Gabriella Vivere Publicado em 30/11/2023, às 16h25

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Brasileiras disputam os Jogos Parapan-Americanos no ciclismo de pista - Foto: Saulo Cruz/CPB
Brasileiras disputam os Jogos Parapan-Americanos no ciclismo de pista - Foto: Saulo Cruz/CPB

A expressiva performance da delegação brasileira nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago destacou o país como potência em modalidades como atletismo e natação. Contudo, a busca por uma ascensão no quadro de medalhas dos Jogos Paralímpicos revelou um desafio: a necessidade de conquistas significativas no ciclismo paralímpico. Para superar esse obstáculo, surge a proposta de construção de um velódromo coberto em São Paulo.

A revelação dessa possibilidade foi feita por Edilson Rocha, conhecido como Tubiba, coordenador de paraciclismo da Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC), em uma entrevista ao canal Gregário Cycling, e posteriormente confirmada pelo Olhar Olímpico. A iniciativa ganhou força após uma reunião em que o governador de São Paulo recebeu os atletas paralímpicos, e Mizael Conrado, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), ressalta a eficácia da estratégia nacional, indicando o ciclismo como área a ser aprimorada.

Tubiba, ex-diretor técnico do CPB e um dos responsáveis pelo Centro Paralímpico inaugurado em 2016, está desenvolvendo o termo de referência para o novo velódromo. Esse documento será apresentado ao governo do Estado de São Paulo em breve, em um prazo de até 10 dias.

"A gente vai dar as opções. Como vai ser homologado pela UCI [União Ciclística Internacional], pode ser nível 1, 2, 3 ou 4. E o custo varia de acordo com o nível. Em São Paulo não precisa de ar-condicionado ligado o tempo todo. Mas, se quiser ter, é mais caro. Não vai ser um espaço para grandes eventos, mas para treinamento" explica Tubiba.

A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência informou que o estudo está em fase inicial, ouvindo entidades relacionadas ao esporte olímpico e paralímpico. No entanto, o CPB acredita que há uma boa chance de o velódromo ser construído, possivelmente em uma área anexa ao Centro Paralímpico, na zona Sul de São Paulo, ao lado da RodoviadosImigrantes.

Atualmente, o Brasil dispõe apenas de um velódromo coberto, localizado no Rio de Janeiro, que, embora tenha recebido eventos importantes, não atende às necessidades do CPB para treinamento contínuo. O novo velódromo em São Paulo seria projetado não apenas para o ciclismo paralímpico, mas também para o convencional, permitindo o treinamento de atletas de alto rendimento e a realização de torneios nacionais.

A estratégia visa diversificar as fontes de medalhas paralímpicas, visto que o Brasil, apesar de sua notável sétima posição no quadro de medalhas em Tóquio-2020, busca firmar-se entre os cinco primeiros. Com o ciclismo responsável por nenhuma das 153 medalhas disputadas, a construção do velódromo surge como uma oportunidade para impulsionar o desempenho paralímpico brasileiro e equilibrar a distribuição de conquistas em diferentes modalidades.