Piloto rejeita os boatos de um atrito com o colega
No GP do Japão, a intensa disputa entre George Russell e Lewis Hamilton atraiu olhares devido à sua natureza um tanto agressiva, particularmente nas primeiras voltas. Na perspectiva de Russell, isso foi considerado um incidente normal de corrida. Apesar da tensão evidente no ambiente pós-corrida, com ambos os pilotos não trocando cumprimentos imediatamente após saírem de seus carros, Russell optou por minimizar a situação, afirmando que a equipe Mercedes tem questões mais urgentes para resolver.
A rivalidade foi tão intensa que eles se revezaram liderando as curvas consecutivamente, e Hamilton até chegou a invadir o espaço de seu colega de equipe, levando Russell a se manifestar imediatamente pelo rádio: “Estamos competindo contra os outros ou contra nós mesmos?”.
“Foi uma corrida boa e difícil”, declarou Russell. “Fiquei feliz por colocá-lo sob pressão e fazer movimentos para passá-lo. Portanto, tiraria pontos positivos disso”, avaliou. “Achei meu ritmo muito forte, considerando o quão difícil foi pilotar o carro no fim de semana. E, novamente, ficar um pouco frustrado no rádio é apenas parte da corrida”.
Em resposta aos jornalistas, também negou ter ido longe demais na disputa: “Não. Nós só perdemos tempo com os outros carros. Como já disse, não vamos ceder posição facilmente para o outro. A corrida estava começando. Eu tinha mais ritmo, mas ele estava à frente, portanto é lance de corrida, não vamos nem discutir isso. Temos coisas mais sérias para resolver, como fazer o nosso carro ser mais rápido”, ressaltou.
À medida que a corrida se aproximava do fim e com estratégias divergentes, a equipe deu a Russell a ordem de ceder a posição para Hamilton. Andrew Shovlin, diretor de engenharia de pista da Mercedes, esclareceu que essa decisão visava prevenir um ataque direto de Carlos Sainz contra o heptacampeão, já que havia uma ameaça real de os dois carros da equipe alemã serem ultrapassados pelo carro da Ferrari.
*com colaboração de Savanna Machado