O francês chama atenção para lances 'injustos' de outros pilotos
Redação Publicado em 20/09/2023, às 13h15
Após o GP de Singapura, que ocorreu durante o último fim de semana, Pierre Gasly alcançou a sexta posição, proporcionando um resultado favorável para a equipe Alpine, especialmente devido ao abandono de Esteban Ocon nas voltas finais.
Entretanto, o piloto francês expressou mais uma vez sua insatisfação com a conduta dos comissários, questionando a uniformidade das punições em relação a incidentes envolvendo Max Verstappen na sessão de classificação e Kevin Magnussen durante a corrida.
Inicialmente, Verstappen interferiu com uma das voltas rápidas de Yuki Tsunoda no sábado, ao obstruir a passagem do piloto japonês na curva 4. No dia seguinte, o dinamarquês da equipe Haas, por sua vez, empurrou Gasly para fora da pista, mas, de forma igualmente surpreendente, não sofreu nenhuma punição.
Pierre Gasly, que já teve desentendimentos com a direção de prova no ano anterior, manifestou seu descontentamento e prometeu buscar uma conversa com a FIA para abordar essas questões.
“Simplesmente perguntei se ele pode empurrar alguém para fora da pista quando for ultrapassado”, declarou Gasly, recordando o caso com Magnussen. “Vou encostá-lo de leve e fazer a mesma coisa. Não vou reabrir esse tópico, [as regras] deveriam ser preto no branco”.
Em seguida, ainda completou: “Fiquei bastante surpreso [depois da classificação], e novamente no domingo”, admitiu. “Não entendo totalmente as regras. Eu leio, conheço o regulamento, mas ele nem sempre se traduz no que acontece na pista. Mas, para ser justo, não afetou minha corrida. Tirei o melhor disso, então, tudo bem. Mas foram injustos comigo em algumas vezes”.
O piloto ainda reclamou: “Pode ser a forma com a qual vejo as coisas, não sei. Terei uma conversa [com a FIA], porque, para mim, simplesmente não entendo [as punições]”.
Gasly recordou a dupla penalização que lhe foi aplicada no GP de Espanha deste ano. Nessa ocasião, ele foi penalizado com a perda de seis lugares na grelha de partida por interferir com as voltas rápidas de Verstappen e Carlos Sainz. Contudo, de acordo com ele, a manobra de Verstappen em relação a Tsunoda foi notavelmente mais grave, levantando dúvidas sobre o que é ou não permitido.
“Não vou questionar mais, mas tive decisões duras contra mim. Uma punição de 6 posições no grid de Barcelona por bloquear [outros pilotos], e foi definitivamente [um bloqueio] menor do que vimos no sábado. Talvez, agora, isso seja permitido. Não sei, irei perguntar”, analisou.
Gasly relatou que Magnussen prometeu criar obstáculos para seus concorrentes antes da corrida, e ele manteve sua palavra, terminando a competição em 10º lugar, contribuindo com um ponto para a equipe Haas no campeonato. “Ele disse, antes da corrida, que não ia facilitar a vida de ninguém — e claramente seguiu suas palavras”, adicionou. “Eu sabia que ele levaria ao limite. Aconteceu uma ou duas vezes no fim, mas terminei em 6º lugar. Então, não me importo”.
Para concluir, Gasly ressaltou a recuperação da equipe Alpine após uma corrida decepcionante no GP da Itália. Ele observou que a equipe já estava ciente de que enfrentaria dificuldades nas longas retas de Monza, e considerou importante mostrar novamente seu potencial na corrida seguinte. Como aspecto negativo, mencionou apenas o abandono de Ocon, que também estava pontuando até enfrentar problemas no câmbio.
"Tivemos uma corrida tão dura em Monza. Sabemos o motivo, sabíamos que o desenho da pista não nos favorecia, mas era importante extrair alguma performance e nos provar para nós mesmos. Então, foi isso que aconteceu”, disse. “Acho que os dois carros deveriam ter terminado em 6º e 7º lugares, é uma pena que Esteban [Ocon] tenha abandonado e perdido pontos importantes”, lastimou. “Mas, definitivamente, temos o potencial de estar lá [no top-10] aos domingos, e isso é positivo”.
*com colaboração deSavanna Machado
