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Médico explica como funciona o cardiodesfibrilador implantado em Eriksen e Blind

Dr. Adriano Marcell analisou o caso dos jogadores da Copa do Catar

Caíque Ribeiro Publicado em 01/12/2022, às 15h24

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Blind avançou de fase com a Holanda - FIFA
Blind avançou de fase com a Holanda - FIFA

O cardiodesfibrilador implantado (CDI) é um aparelho colocado no corpo de pessoas que possuem doenças cardíacas que possam causar arritmias. A Copa do Mundo de 2022 chamou atenção neste assunto, pois dois jogadores que estão em campo utilizam o instrumento: Christian Eriksen, da Dinamarca, e Daley Blind, da Holanda. Os atletas desempenham suas funções normalmente, apesar de terem doenças pró-arritmogênicas.

Eriksen estava em campo por sua seleção durante a Eurocopa em 2021, quando sofreu um ataque cardíaco em jogo contra a Finlândia. Ainda, em sua recuperação, teve que deixar o clube no qual atuava a Internazionale da Itália, pois o país não permite que jogadores atuem com o CDI, e hoje joga no futebol inglês. No caso de Blind, o holandês foi diagnosticado com miocardite e também voltou a jogar com o aparelho implantado.

O médico Dr. Adriano Marcell, pós-graduado em cardiologia pela Universidade Federal do Ceará e com aperfeiçoamento em cardiologia pelo Hospital do Coração de Maceió, explicou quais são os principais impactos para os atletas que voltam a desempenhar o papel esportivo de alto rendimento após implantar o CDI no corpo.

“É possível que o atleta volte a praticar esportes em alto rendimento com o CDI. Entretanto, ele precisa estar atento com alguns fatores, como ficar um período de seis meses longe de atividades para descanso, antes de retornar a rotina. Além disso, precisa entender como o CDI funciona e programar o aparelho para frequências altas a fim de evitar que o aparelho possa dar choques durante a atividade”, comentou.

Apesar disso, o impacto para pessoas que não desempenham esportes de alto rendimento é pequeno. Ou seja, pacientes que fazem atividades físicas recreativas podem e devem continuar fazendo exercícios, para evitar novos problemas sedentários e cardiológicos, porém, sempre com acompanhamento médico.

“Pessoas que utilizam o CDI, mas fazem atividades recreativas, possuem menor chance de atingir altos níveis de frequência cardíaca que podem ativar o aparelho. Porém, é sempre necessário o acompanhamento de um cardiologista, para fazer as melhores recomendações para a prática de exercícios físicos, indicando qual o melhor caminho para o paciente”, completou.