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'Efeito Messi' ainda não impactou de fato o mercado do futebol nos EUA, analisa brasileira

Karol Di Nassif, que reside em Las Vegas, comentou sobre o cenário futebolístico do país após a chegada do craque argentino

João Florêncio Publicado em 20/12/2023, às 09h56 - Atualizado às 16h56

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Brasileira fez uma análise do 'efeito Messi' nos EUA - Divulgação
Brasileira fez uma análise do 'efeito Messi' nos EUA - Divulgação

Dentro de campo, a aventura de Messi nos Estados Unidos já pode ser considerada um sucesso. Até aqui, são 14 jogos, 11 gols, 5 assistências e o primeiro título da história do Inter Miami. Mas e fora de campo? Houve alguma transformação no futebol do país? O tão falado “efeito Messi” gerou impacto cultural?

Conversamos com uma brasileira que tem experiência no mundo dos esportes e que atualmente está radicada nos EUA. Ex-apresentadora da TV oficial do Flamengo e atriz premiada com papéis em novelas na TV Globo, Karol Di Nassif falou do impacto extracampo do craque argentino.

“Quando usamos a expressão 'efeito Messi', remetemos à transformação cultural, influência no dia a dia da sociedade local e especialmente impacto na geração mais jovem. Nada disso aconteceu ainda. Messi praticamente não pisou na costa oeste. Zero impacto por aqui”, afirma a brasileira.

Karol Di Nassif - Arquivo Pessoal

De fato, Messi pouco atravessou o país. Apenas dois dos 14 jogos foram realizados na costa oeste, sem nenhuma ativação de marketing da Major League Soccer (MLS). A organização comemorou o recorde de público nas redes sociais, mas minimizou o fato do aumento ter sido de menos de 1% do recorde anterior, em 2017.

Karol Di Nassif cita a passagem de dois grandes ícones do futebol por países com pouca tradição na modalidade e seus efeitos: Zico no Japão e Pelé no próprio EUA. Enquanto o ídolo do Flamengo revolucionou o futebol na Terra do Sol Nascente, o do Santos e Seleção Brasileira pouco impactou.

"O comprometimento é fundamental. Zico fala japonês fluente. Messi aceitou Miami por ser um clima tropical, sem a necessidade do inglês para se comunicar e algumas outras exigências contratuais como por exemplo não jogar em grama sintética ou turf”, lembra Di Nassif, que foi apresentadora da TV oficial do Flamengo durante três anos e conhece bem a história e importância de Zico.

Karol Di Nassif pôde comprovar in loco de que o futebol norte-americano, mesmo com Messi, ainda está longe de figurar entre as modalidades mais populares do país. Isso porque a brasileira optou por residir em Las Vegas justamente para poder cobrir os esportes "queridinhos" dos americanos.

"Las Vegas está crescendo cada vez mais e se tornando um dos principais pólos esportivos dos EUA. Em pouco tempo já cobri NBA, Concacaf Nations League, pré-temporada de times europeus, Gold Cup. E ano que vem já tenho bastante coisa engatilhada. Quem sabe o Super Bowl?. Me sinto muito realizada em tudo que conquistei como atriz e ainda vou conquistar, mas hoje posso dizer que também me encontrei como apresentadora. Especialmente aqui nos EUA. As duas coisas caminham juntas porque meu lado atriz inclusive me ajuda na desenvoltura na câmera e minhas entrevistas com certeza não seriam as mesmas sem essa bagagem. Ainda tenho muitos projetos por aqui, inclusive como atriz e me sinto acolhida", disse ela, após trabalhar em novelas e programas da Rede Globo e atuar em mais de 50 peças de teatro.