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Breaking em Paris-2024 é uma oportunidade para popularizar culturas através da dança

Referência internacional no ensino de dança, Gui Prada falou da expectativa para a estreia da modalidade nos Jogos Olímpicos

João Florêncio Publicado em 22/08/2023, às 10h59 - Atualizado em 22/09/2023, às 10h59

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Modalidade vai estrear nas Olimpíadas em Paris-2024 - Deam Tremi/Red Bull
Modalidade vai estrear nas Olimpíadas em Paris-2024 - Deam Tremi/Red Bull

Falta menos de 1 ano para os Jogos Olímpicos de Paris. Nesta edição de 2024, a grande novidade é a inclusão do breaking, modalidade que mistura esporte e arte, assim como a ginástica e a patinação artística. A disputa olímpica abrigará 32 atletas, 16 por gênero. Além de disputarem medalhas, eles terão a oportunidade de atrair os olhares para a cultura de seus países.

Pelo menos é o que espera o professor de dança Guilherme Prada, carioca que roda o mundo ensinando parte da nossa cultura através de aulas de zouk brasileiro e que foi diretor da District Zouk, uma renomada empresa de dança nos Estados Unidos. Para ele, que é uma referência internacional em dança de salão, os b-boys e as b-girls que se classificarem para as Olimpíadas de Paris poderão ser protagonistas de uma verdadeira revolução na dança em termos de popularidade.

“Eu vejo como algo incrível. Acho que a entrada do breaking como modalidade olímpica tem o potencial de trazer um novo olhar para a dança. Então, sim, acredito que é uma grande oportunidade de popularizar a dança e inspirar pessoas que talvez sintam vontade de dançar, mas ainda não começaram", diz o brasileiro.

“Eu diria que é menos uma missão e mais uma grande oportunidade que esses atletas terão. A arte de dança no Brasil é incrivelmente rica e, a meu ver, poderosa. Isso porque nós dançamos uma mistura de influências ancestrais que até hoje reverberam no nosso movimento", complementa.

Gui Prada

Gui Prada é um profundo conhecedor de dança. Sua relação com essa arte teve início em 2006, mas foi só em 2017, após largar a carreira de advogado especialista em propriedade intelectual, que ele passou a compartilhar todo o seu conhecimento. De lá para cá, foram milhares de alunos, desde as América, passando pela Europa, Oceania e Ásia. Voltando às olimpíadas, ele espera que o sucesso do breaking possa abrir portas para investimentos em outras modalidades.

“Eu acredito e espero que sim. A dança tem uma capacidade sem igual de transformar vidas. Transformou muito a minha e eu adoraria que mais pessoas tivessem acesso e interesse", comenta.

Além de aulas e apresentações, o brasileiro também disputou competições, acumulando muitos prêmios.

“Possuo prêmios de uma competição chamada Jack & Jill. Ganhei o primeiro lugar 4 vezes em 8 participações. Nessa competição você não sabe com quem e qual música vai dançar, só descobre momentos antes de dançar, então sua capacidade de conexão, adaptação e improvisação são testadas ao máximo", explica.

Os workshops de Gui Prada pelo mundo costumam lotar: Finding Zouk, Embrace Zouk Weekender e Leaders Training, promovidos em diversas cidades dos EUA, Polônia, Alemanha e Austrália.

“Esses workshops posso dizer que tiveram uma média de 70-100 pessoas por fim de semana. Para um workshop de Zouk Brasileiro, esses são números muito bons. Na Polônia, por exemplo, nosso público foi de 120 pessoas", lembra. “O ‘The Universe Behind the Hug’ (O Universo por trás do Abraço) eu promovi 20 vezes e passei por muitas cidades dos EUA, entre 2017 e 2022, e foi graças a ele que me tornei mais conhecido".

Além disso, Gui Prada também lidera o Embrace Zouk Online, projeto na internet que hoje possui mais de 100 alunos das mais variadas nacionalidades; faz parte da equipe docente do MAC (Método Alex de Carvalho), um curso de formação de professores de Zouk Brasileiro com base em Paris; e foi diretor de zouk brasileiro por cinco anos do Interfusion Festival, que acontece todo ano em Washington, nos EUA, e reúne mais de mil pessoas interessadas em formas de artes distintas.

“Lá tivemos a oportunidade de introduzir o zouk brasileiro para muitas pessoas. As aulas tinham em média 350 pessoas, o que para a nossa arte é um público enorme. Um evento tão grande no qual consegui implementar um programa de zouk brasileiro com aulas em diversos níveis e bailes que tinham mais de 500 pessoas com DJs incríveis", destaca.

“Mas meu maior orgulho é o trabalho desenvolvido junto ao District Zouk, a escola de Zouk Brasileiro em Washington, que abriu as portas para mim. Junto a ela conseguimos desenvolver uma das maiores comunidades de zouk brasileiro dos EUA, com aulas regulares de diversos níveis, workshops nos fins de semana, equipes de treino e bailes", encerra Gui Prada.