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Mais Esportes / DANÇA ESPORTIVA

Além do break: outras danças esportivas visam os Jogos Olímpicos

Com papel fundamental na expansão do zouk brasileiro pelo mundo, Bruna Kazakevic trabalha para ver os ritmos no maior palco esportivo do planeta

João Florêncio Publicado em 05/02/2024, às 16h22

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Bruna preparação de alunos - Divulgação
Bruna preparação de alunos - Divulgação

A inserção do break nos Jogos Olímpicos, a partir desta edição, em Paris, chamou a atenção para a dança esportiva. Com a novidade, outras modalidades passaram a se organizar para se tornarem olímpicas no futuro, dentre elas, o zouk brasileiro e a lambada, como explica a brasileira Bruna Kazakevic, árbitra referência em ambos os estilos.

"Estamos trabalhando para que o zouk e a lambada se tornem modalidades olímpicas. Estamos desenvolvendo regras e padronizações para se adequar aos padrões das competições olímpicas. Hoje ainda é uma construção, mas acreditamos na possibilidade futuramente", disse a paulista, que este ano completa 16 anos de carreira.

Bruna Kazakevic integra o quadro do Conselho Nacional de Dança Desportiva (CNDD) e, ao lado de outros membros, como Philip Miha, Patricia Lyra e Felipe Lyra, criou as regras do Zouk Brasileiro e Lambada. Além disso, acumula os mais importantes títulos desses ritmos, tanto como dançarina, treinadora e como uma das responsáveis pelo crescimento da cena no Brasil.

Bruna em ação como jurada - Foto: Arquivo Pessoal

Em sua vasta coleção de títulos como dançarina encontra-se o Jack & Jill Spaço 3D, em 2018 e 2023; Rio Zouk Congress Jack & Jill BZDC Advanced; Torneio de Pista, entre outros. Como treinadora a lista é ainda mais extensa não apenas em campeonatos mundiais e inúmeros Jack & Jills mas também com a transformação do indivíduo para a vida.

"O que mais me encanta no zouk é a possibilidade de desenvolver não apenas o dançarino, o atleta, o artista mas o ser humano. Vejo o Zouk como um dos ritmos que mais se trabalha ondulações, a energia da água como fluxo de movimentos, isso faz com que busquemos o fluxo corporal a todo momento", destaca Bruna.

"Pensando que nosso corpo guarda toda a memória de uma vida, e considerando que movimento é vida, ao movimentar o corpo buscando esse fluxo, trazemos inconscientemente através do estado de fluxo liberações somáticas trazendo uma sensação de prazer", complementa a treinadora.

A atuação de Bruna Kazakevic no cenário vai além. Uma das diretoras do Conselho Internacional de Zouk Brasileiro, ela também tem papel importante em projetos reconhecidos no mundo da dança, como a Companhia KazakeZouk ou conhecido como "Transformadores da Humanidade", a primeira de Zouk para mulheres em São Paulo, que hoje engloba a todos.

Bruna ainda foi diretora da 1ª Turma de Formação de Zouk Brasileiro e Lambada *de São Paulo,* ao lado de José Roberto da Silva. Criou o método "White Dragon" - O que você é na sua arte, é na vida; e teve papel fundamental na Imersão Treinamento Manual do Zoukeiro, festa Kazake Night, competição Wonder Zouker e muitos shows.

"Vai muito além da atividade física, a dança promove uma das maiores dificuldades do ser humano: a comunicação. E nas danças entre duplas, principalmente o zouk, pela entrega, contato e fluxo corporal, melhora o diálogo, a escuta, o estado de presença, a sensibilidade, a disponibilidade e o respeito", enfatiza.