A rivalidade teve seu ápice na década de 60, com as corridas de rua, principalmente Le Mans, onde se passa o longa
Marcello Sapio e Isabelly Cristaldo Publicado em 09/02/2020, às 07h12
A cerimônia do Oscar ocorre neste domingo, 9, e, como sempre, grandes filmes concorrem à estatueta mais famosa no audiovisual. Porém, neste ano, um filme atrai a atenção dos fãs de automobilismo: Ford vs Ferrari.
O filme retrata a rivalidade entre as duas grandes montadoras, na década de 60, durante a prova do circuito 24 horas de Le Mans, considerado uma das mais nobres do automobilismo, na época.
A Ford vinha com um projeto de expansão da marca, liderados por Henry Ford II, CEO da época, que planejava rejuvenescer seu público. Com isso, decidiu entrar no ramo das corridas e tirar o posto da multicampeã, Ferrari, entrando para o circuito francês em 1964.
Para tal feito, a montadora estadunidense investiu pesado, e, em 1966, contratou o ex-piloto e renomado engenheiro Carroll Shelby (interpretado por Matt Damon), responsável por modelos consagrados, como por exemplo o Sheby Cobra e o Shelby Mustang, e um dos melhores pilotos da época, Ken Miles (Christian Bale).
Por outro lado, a Ferrari dominava a categoria, tendo conquistado todos os circuitos de Le Mans na década de 60, mas, financeiramente, a empresa italiana estava à beira da falência, chegando até a negociar a venda da Ferrari para a própria Ford, mas por divergências no contrato, a fusão não aconteceu.
Ainda com farpas pelas tratativas malsucedidas, a rivalidade entre as duas montadoras nos bastidores da corrida estava instaurada e o filme mostra parte do conflito que a Ford vivia no dilema de priorizar os negócios ou investir na equipe esportiva para desbancar a Ferrari.
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Entre os anos de 1964 e 1965, o grande modelo do Ford GT40 apresentou várias falhas, não sendo capaz de interromper a sequência de vitórias da montadora italiana.
Henry Ford II, então, em 166, como antes dito, decide contratar Carroll Shelby e Ken Miles, dando-lhes carta branca para alterarem e modificarem o modelo do GT40, que apresentava muitas falhas.
Os dois, aos poucos, vão corrigindo os problemas do carro e transformaram o modelo da Ford em um carro que poderia competir à altura da Ferrari, assim nasceu o GT40 MKII, tendo como diferencial o motor V8 (oito válvulas).
Por outro lado, a Ferrari apresentaria o modelo Ferrari 330 P3. Para competir com a montadora estadunidense, o carro foi feito com fibras de vidro, o que deixava o veículo mais leve.
No decorrer das 24 horas, os italianos dominavam a corrida e muitos já colocavam como certa mais um triunfo da Ferrari, que seria a sétima vitória consecutiva na modalidade, no qual ocupava o lugar mais alto do pódio desde 1960.
Porém, durante a parte final do circuito, a montadora americana conseguiu se ajeitar e, com uma equipe repleta de engenheiros, não só garantiu o primeiro lugar da edição, como também o 2º e 3º lugar, desbancando a hegemonia da Ferrari.
A vitória da montadora estadunidense foi um marco na história do circuito de Le Mans, não só pela interrupção na sequência vitoriosa da Scuderia, como foi começo de uma hegemonia da Ford, que duraria até 1969.
O sucesso nas pistas foi proporcional ao sucesso nas bilheterias mundiais. Em seu fim de semana de estreia, arrecadou mais de 31 milhões de dólares, aproximadamente R$ 131 milhões.
Na premiação do Oscar, Ford vs Ferrari disputa, além de melhor filme (a categoria mais nobre da premiação), melhor montagem, melhor edição e melhor mixagem de som.
VEJA O TRAILER DO FILME (DUBLADO):
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