Ídolo no futebol nacional e mundial, Pelé esteve envolvido em um cessar-fogo na Guerra de Biafra, conflito civil ocorrido na Nigéria, nos anos 60; entenda o episódio
Redação Publicado em 30/12/2022, às 09h49
Pelé, ídolo brasileiro, principalmente no Santos, e Rei do Futebol nacional e mundial, se despediu em vida nesta quinta-feira, 29. O ex-jogador tratava um câncer de Cólon, mas teve seu quadro médico piorado a partir de novembro, e acabou não resistindo; ao lado dos familiares que o visitavam, faleceu no hospital israelita Albert Einstein.
O ex-jogador foi craque de diversas maneiras, tanto dentro de campo, como fora dele. Entre seus momentos históricos, um foi de grande destaque (embora a veracidade do episódio seja colocada em xeque até hoje), principalmente para o continente africano: tudo começou com uma excursão feita pelo Santos nos anos 60 em meio a conflitos belicosos que se desdobravam na Nigéria.
À época, o país sofria com a guerra civil, uma vez que a região de Biafra batalhava pela sua independência. Assim, o confronto havia colocado dois grupos étnicos em oposição: os igbo e os hausa; este segundo dominava o governo local. Em 2020, Pelé contou em suas redes sociais como, ao lado do Santos, interrompeu o embate.
“Um dos meus grandes orgulhos foi ter parado uma guerra na Nigéria, em 1969, em uma das várias excursões que o Santos fez pelo mundo", contou o ex-craque. "Nós tínhamos um amistoso marcado na Cidade de Benin, que estava no meio de uma Guerra Civil. Só que o Santos era tão amado que as partes aceitaram um cessar-fogo no dia da partida. Ficou conhecido como o ‘Dia em que o Santos parou a guerra’”.
O Peixe enfrentou uma seleção local da cidade em questão, localizada de modo estratégico entre a capital Lagos e o Estado de Biafra. A partida terminou com a vitória do time brasileiro pelo placar de 2 a 1, com gols anotados por Toninho Guerreiro e Edu. A torcida alvinegra, aliás, eternizou o episódio em um cântico que entoa nas arquibancadas: “Só o Santos parou a guerra”.
