Jogador colombiano cobra do Santos valores que estão atrasados, como salários, fundo de garantia e direitos imagem; clube ainda pode recorrer a decisão
A Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF condenou o Santos a pagar um total de R$ 22,6 milhões ao atacante colombiano Fernando Uribe, que atuou pelo clube entre 2019 e 2020. A decisão ainda cabe recurso pelo clube do litoral paulista.
O atleta rescindiu seu contrato com o clube em 2020, alegando atrasos nos pagamentos de salários, do fundo de garantia e de direitos de imagem. Na decisão, a CNRD entendeu que o clube não cumpriu com as obrigações trabalhistas e que o jogador teria direito às cláusulas rescisórias do seu contrato com o time.
O Santos foi condenado a pagar R$ 5.923.007,67 referentes a cláusula compensatória desportiva, além de R$ 6.740.749,07 à empresa responsável pelos direitos de imagem do atleta. Além disso, o Peixe deve regularizar todos os depósitos do fundo de garantia de Uribe e pagar a multa de 40% sobre o valor para fins rescisórios no FGTS.
Por fim, o Santos precisará arcar com as custas processuais e os honorários de sucumbência que, somados, chegam a quase R$ 600 mil. Na época, Uribe e um de seus empresários entraram em acordo com o clube para rescindir o contrato, com cada parte abrindo mão de um valor. O centroavante, do que teria que receber, e o time, da multa contratual.
Entretanto, o clube alegou ter recebido uma carta do atacante e de seu representante colombiano, Luis Carlos Serrano, dizendo que o vínculo estava sendo rescindido por iniciativa do atacante, por conta de seus salários atrasados. A carta foi enviada dez dias depois do clube ser notificado por Uribe sobre os atrasos. Antes de se encerrar o prazo de 15 dias, como prevê legislação da Fifa, o Santos quitou os valores em aberto. Por isso, entendeu que o centroavante pediu demissão.
Assim, o próprio Santos cobrou uma indenização no valor da multa contratual, de 15 milhões de euros. Depois de sair do Peixe, Uribe seguiu para o Milionários, da Colômbia, onde joga até os dias de hoje.
