A FIFA proibiu a manifestação das equipes nos uniformes da Copa do Mundo 2022; ordem surgiu em sequência à polêmica envolvendo braçadeiras de apoio à causa LGBTQIA+
Redação Publicado em 21/11/2022, às 16h11
Gareth Bale, capitão do País de Gales na Copa do Mundo 2022 atendeu às ordens da FIFA e não se manifestou em apoio à comunidade LGBTQIA+. O episódio marcou a partida contra os Estados Unidos, a primeira de sua equipe, nesta segunda-feira, 21. Na ocasião, o jogador não utilizou a braçadeira “One Love”, que é estampada com as cores do arco-íris.
A decisão comunicada anteriormente havia afirmado que a braçadeira seria utilizada. A fala foi dada pelo próprio treinador da seleção, Rob Page. Quando questionado se o time havia sido orientado a não utilizar a peça, o comandante do time europeu foi categórico em sua resposta. “Não. Nós dissemos que a braçadeira One Love é o que vamos usar”, afirmou prontamente.
A iniciativa, que foi criada pela Holanda, vai ao encontro às leis homofóbicas e anti-LGBTQIA+ do Catar, país-sede do evento mundial na edição e que segue preceitos conservadores. O projeto teve apoio inicial da Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha e Suíça, além do próprio País de Gales. Alguns, contudo, já alteraram seus posicionamentos.
No último sábado, 19, a FIFA anunciou parceria com a ONU para a exibição de mensagens humanitárias nas braçadeiras de capitão da Copa do Mundo de 2022. Em meio aos protestos de seleções europeias, vem sendo usada a campanha “One Love”, que demonstra apoio ao usar a bandeira LGBTQIA+ no braço, como oposição às questões de homofobia denunciadas no Catar.
Questionado sobre isso em coletiva de imprensa, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, declarou: “As faixas são dadas pela Fifa aos times, e teremos várias campanhas de inclusão. Temos que achar tópicos sobre os quais todos concordam”. O capitão da Alemanha, Manuel Neuer, deixou claro o posicionamento das seleções participantes da campanha, que afirmam que usarão a faixa: “Não temos medo das consequências”.
