Destaque na boa campanha da equipe no Campeonato Carioca, lateral-esquerdo vê evolução do time e sonha com acesso à Série B
Gabriela Santos Publicado em 08/09/2020, às 19h00
Embalado com a boa campanha no Campeonato Carioca, o Volta Redonda começou bem a Série C do Brasileirão 2020. Com 11 pontos em cinco partidas, a equipe ocupa a vice-liderança do Grupo B – apenas um ponto atrás do Brusque. No último domingo, 6, o Volta visitou o Criciúma em partida que terminou empatada em 1 a 1.
No Campeonato Brasileiro, já são três vitórias e dois empates. Parte da boa sequência do Voltaço passa pelo sistema defensivo da equipe, que conta com lateral-esquerdo Luiz Paulo, de 27 anos. Nascido no Rio de Janeiro, o jogador defende as cores do Volta Redonda há três temporadas e celebrou a campanha da equipe até aqui.
“Foi dentro daquilo que planejamos para o início de competição. Começamos bem o campeonato. Esperamos que daqui para frente possamos manter uma sequência boa”, disse Luiz, em entrevista exclusiva ao SportBuzz.
No Campeonato Carioca, o Volta chegou à semifinal da Taça Guanabara, eliminado pelo Boa Vista, e à semifinal da Taça Rio, quando foi derrotado pelo Flamengo. O time encerrou a competição na terceira colocação, uma de suas melhores campanhas na história.
“O Campeonato Carioca foi muito bom. Não vou falar só de mim, mas de toda a equipe. Fizemos uma campanha grandiosa. Para mim, em especial, foi muito importante poder ajudar a minha equipe com boas atuações”, disse.
“O que faltou [para avançar] foi só na ‘hora H’ de decidir. Na semifinal contra o Boa Vista, tínhamos grandes chances de chegar à final e talvez tenha faltado só um pouquinho acreditar que era possível, talvez. Eu estou muito orgulhoso de tudo o que a gente fez no Campeonato Carioca e vem fazendo até o momento”, acrescentou Luiz.
Na equipe desde 2018, Luiz Paulo tem um carinho pelo Volta Redonda, identificação com a torcida e com a cidade. Para ele, o clube é uma família.
“Eu sou um dos que tem um pouco mais de tempo de casa e já estou no meu terceiro ano. A cidade é fabulosa. Eu até brinco e falo com os meus companheiros que aqui eu me sinto mais em casa hoje do que lá no Rio, de onde eu sou. Aqui a torcida sempre me abraçou e continua me abraçando. Eu tenho um carinho muito grande pelo Volta Redonda. Não foi o clube que me revelou, mas com certeza é o meu clube do coração. Eu gosto muito desse clube, aqui é uma família. Todo mundo que chega pode perceber que somos uma família”, continuou.
Em 2020, a relação com a torcida precisou ser à distância por conta da pandemia de coronavírus. O panorama do futebol também mudou, com protocolos rígidos de saúde. Para Luiz Paulo, a ausência da torcida e os protocolos são os dos aspectos “mais estranhos” desde a volta do futebol.
“O que eu senti de ‘estranho’ com certeza foram os protocolos. Os protocolos de segurança que não estávamos acostumados, né? Não só nos jogos em si, mas nos hotéis também, no próprio dia a dia. Acho que ninguém está preparado para passar tudo o que a gente vem passando, mas sabendo que é necessário. Não só por nós, mas por respeito ao próximo. Todo mundo quer abraçar essa causa e tem tudo para melhorar como vem melhorando”, declarou.
“Particularmente eu acho que sem torcida fica meio estranho. Eu acho que é o principal. Jogamos, claro, pelas nossas famílias, pela nossa visibilidade profissional, mas também pelos nossos torcedores. Creio que como um todo é muito diferente, estranho até, já que estamos acostumados com o torcedor nos apoiando ou até mesmo contra nós, mas que faz parte do futebol. Ninguém estava preparado para isso e é um panorama muito diferente, mas aos poucos vamos nos acostumando”, completou.
Mesmo sem a presença do público nos estádios, Luiz Paulo sonha com o acesso à segunda divisão do Campeonato Brasileiro e cravou o objetivo de sua passagem pelo clube.
“Com certeza o acesso para a Série B. Vai coroar de vez a minha passagem por aqui. Vai ser a conquista mais importante para o clube. Não só acesso, mas quem sabe um título de Série C. Acho que seria uma realização de um sonho de uma cidade e de um clube”, concluiu.
O Volta redonda enfrenta o Ypiranga nesta quinta-feira, 10, às 15h (de Brasília), pela sexta rodada da Série C.
Outras respostas:
Vê a Série C equilibrada? Quais equipes são mais difíceis para o Volta Redonda?
Sim, vejo um campeonato muito equilibrado. O campeonato da Série C é muito forte. Então, todos os jogos serão como uma decisão para nós. Todos os times são muito duros de jogar contra, né? Pontuamos alguns times que fizeram um bom estadual e vêm com uma boa sequência. Como é o caso do Brusque, que tem um time muito interessante. É o caso do Ituano, que a gente já teve um duelo com eles e foi um jogo muito duro e muito difícil. Mas pode colocar aí todos os times da nossa chave, com muita dificuldade. Muito difícil jogar contra o Boa [Esporte] lá [fora]. São Bento, Criciúma...
Qual foi o confronto mais difícil na temporada?
Não tem como deixar de fora o confronto contra o Flamengo, que é uma equipe de uma qualidade imensa, gigante. Não só nos seus jogadores individualmente, mas no conjunto. Então, acho que contra o Flamengo foi o confronto mais difícil.
Há uma evolução da equipe comparando o Campeonato Carioca e a Série C?
Eu acho que a gente cresceu bastante, mas que vem crescendo ao longo dos jogos. Ao longo da competição do Carioca. E que aumento bastante também no Brasileiro também foi o conjunto. O conjunto está muito bom, a gente se conhece muito e já sabe o que o companheiro pensa em fazer, já conhece as ações. Acho que o conjunto está muito forte.
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