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Futebol / CASO DE JUSTIÇA

Justiça condena ex-conselheiro do Santos a pagar R$ 10 mil de indenização por ofensas racistas!

Adilson Durante Filho fez declarações racistas contra pardos no WhatsApp e foi condenado

Isabelly Cristaldo Publicado em 27/02/2020, às 13h34

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Adilson foi condenado a pagar por ofensas racistas - Transmissão / Twitter
Adilson foi condenado a pagar por ofensas racistas - Transmissão / Twitter

Adilson Durante Filho, ex-conselheiro do Santos, foi condenado a pagar R$ 10 mil pode declarações racistas!

A Justiça de São Paulo emitiu nesta quinta-feira, 27, a condenação e o valor foi reduzido. Primeiramente, o pedido de indenização inicial era de R$ 100 mil, mas o juíz José Wilson Gonçalves, adotou um parecer do Ministério Público para abaixar o preço para 10 mil.

Na sentença, o juiz afirma que a fala de Adilson foi: "Nitidamente discriminatório, preconceituoso, racista e eugenista".

“Em que pese a necessidade de punição exemplar, razão por que, de partida, pensei em valor superior a esse, é razoável a proposição ministerial, principalmente considerando que a maior punição, em realidade, será a moral, a exclusão social, a reprovação social, venenos já provados pelo réu, queira-se ou não”, escreveu Gonçalves na decisão.

O vazamento do áudio aconteceu em abril de 2019, e devido a grande repercussão, Adilson perdeu um cargo que ocupava na Prefeitura de Santos e renunciou o posto de conselheiro do time da cidade.

No áudio, que Durante admitiu ser o autor, ele diz:

“Sempre que tiver um pardo, o pardo o que que é, não é aquele negão, também não é o branquinho. É o moreninho, da cor dele. Desses caras, tem que desconfiar de todos. Todos que tu conhecer. Essa cor é uma mistura de uma raça que não tem caráter. É verdade, isso é estudo. Todo pardo, todo mulato, tu tem que tomar cuidado. Não mulato tipo o Pedro, o Pedro é tipo índio, tipo chileno, essas porras. Estou dizendo mulato brasileiro, entendeu, dos pardos brasileiros. São todos mau caráter. Não tem um que não seja”, afirma ele na mensagem.

Na época do vazamento, Durante Filho distribuiu comunicado em que afirma não ter tido intenção de "atingir quem quer que seja":

"Com relação a um antigo áudio de alguns anos atrás que circula nas mídias sociais, de minha autoria, gostaria de expor que, em um momento de infelicidade e levado pela emoção, em decorrência de um fato que muito me abalou, acabei me expressando de forma absolutamente diversa das minhas crenças e modo de agir. Jamais tive a intenção de atingir quem quer que seja, até porque assim me manifestei em um pequeno grupo de supostos amigos de WhatsApp”, iniciou Durante.

Ele continuou pedindo desculpas.

“Consigno que não tenho qualquer preconceito em razão de cor, raça ou credo, pois minha criação não me permitiria ser diferente. Peço, humildemente, desculpas a todos que se sentiram ofendidos, e expresso, por meio deste comunicado, meu mais profundo arrependimento quanto às palavras genericamente proferidas".

A sentença publicada nesta quinta-feira, 27, é de primeira instância, e Durante Filho ainda pode recorrer. Procurada pelo Globo Esporte, a defesa do ex-conselheiro do Santos informou que ainda não foi intimada da decisão.