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Futebol / DEPOIMENTO

John Textor afirma durante CPI que manipulação no futebol ‘é realidade’

Em depoimento de CPI, dono da SAF do Botafogo, John Textor, afirma que futebol é manipulado, apresenta documentos e relatório, mas de forma secreta

Redação Publicado em 22/04/2024, às 21h00

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John Textor - Getty Images
John Textor - Getty Images

Nesta segunda-feira, 22, o empresário norte-americano John Textor afirmou que a “manipulação de resultados [no futebol] é realidade”. O dono da SAF do Botafogo deu tal declaração durante uma reunião CPI do Senado que apura a manipulação de jogos e apostas esportivas.

“O que nós descobrimos não é nada diferente do restante do mundo, Bélgica, França, toda a Europa. A manipulação de resultados [no futebol] é uma realidade”, disparou Textor. Depois de um longo depoimento, o norte-americano se reuniu com o presidente da CPI, o senador Jorge Kajuru, e outros parlamentares para apresentar o relatório que, de acordo com ele, prova a manipulação de resultados no futebol brasileiro.

Depois do encontro de cerca de uma hora, o senador e o empresário voltaram para a CPI. Kajuru ainda afirmou que os indícios serão investigados. “Vou respeitar o segredo de Justiça. Mas vou tentar trazer a público o mais rápido possível o relatório de 180 páginas, com todas as imagens vistas. Chegamos a uma conclusão simples e objetiva. Tivemos conhecimento de diversos indícios importantíssimos. Não queremos falar ainda sem provas. Não foi uma conversa sem conteúdo. Pelo contrário teve conteúdo. Não se tratou apenas de fatos e indícios envolvendo o Botafogo. Falou sobre outros jogos e mostrou outras imagens. Temos indícios suficientes para investigarmos profundamente”, afirmou o parlamentar.

Textor foi convidado a depor na condição de testemunha depois de denunciar, sem provas concretas, que houve manipulação no futebol brasileiro nos anos de 2022 e 2023, que curiosamente foram vencidos pelo Palmeiras, presidido por Leila Pereira, com quem o norte-americano tem desafetos públicos. “Sou dono de um clube, quero ganhar campeonatos e se eu puder provar, além de uma margem de dúvida, que 2022 foi manipulado, que 2023 foi manipulado, juntos de outras evidências de anormalidades, poderia fazer com que o Tribunal Desportivo, a polícia e esse corpo legislativo possam tomar ações”, afirmou o empresário.

Segundo o mandatário da SAF do Glorioso, os erros de aplicações de regras não são frutos de falha de interpretação, mas sim intencionais para alterar o andamento da partida. “Não são erros na aplicação das regras, percebi que não era uma falha de interpretação. As regras para marcar impedimento, faltas, os jogos que assisti, que afetou o Botafogo indiretamente, tratei de enxergar por uma nova perspectiva”, comentou.