Wilson Seneme, chefe de arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol, afirma que erro do árbitro prejudicou Corinthians na partida em Porto Alegre
Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol, admitiu nesta terça-feira, 14, que Matheus Bidu realmente sofreu o pênalti de João Pedro durante a vitória do Corinthians sobre o Grêmio no último domingo, 12, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
“Tem uma câmera muito boa que foi pouco utilizada pela equipe VAR. A gente vê o corpo do atacante sendo arremessado para frente. Ao ser tocado, o corpo dele é arremessado. Ele está em uma ação, e o corpo é arremessado. É óbvio que ele valoriza, mas existe a infração. Não podemos confundir. A carga do defensor é absolutamente imprudente”, disse Seneme, durante o programa “Papo de Arbitragem”, organizado pela própria CBF para comentar lances polêmicos das rodadas do Campeonato Brasileiro. O presidente da comissão ainda afirma que a equipe de VAR errou na interpretação do lance e que o pênalti deveria ser dado junto de um amarelo para João Pedro.
“A equipe VAR focou muito na ação do atacante (no caso, Matheus Bidu). Se o atacante freou ou não, se o toque fez ele derrubar ou não. Esqueceram de avaliar a ação do defensor, porque quem comete a falta neste caso é o defensor, não o atacante. A principal referência não pode ser o atacante. O jogador do Grêmio faz uma carga, coloca o peso. Toda a carga de peso está sobre o jogador do Corinthians, que tinha a preferência do jogo. Visivelmente o defensor do Grêmio tem uma ação imprudente. Mesmo que não haja referência clara de empurrão, o peso do corpo estar nas costas do adversário, com esta carga, é o suficiente para levar o jogador para o chão”, continuou.
O lance aconteceu logo nos primeiros minutos da partida. Matheus Bidu recebeu um passe em profundidade, invadiu a área e recebeu o tranco nas costas. Rodrigo Pereira, árbitro do jogo, mandou seguir e segundos depois Bruno Méndez fez a falta que culminou em sua expulsão. “O principal engano da equipe de VAR aqui foi exatamente a avaliação do que o atacante possivelmente fez para sofrer a falta, e não a avaliação da imprudência do defensor”, finalizou Seneme.