Instituto Vini Jr foi agraciado com o Prêmio Sócrates, da Bola de Ouro, pelas suas contribuições sociais; brasileiro foi o sexto na lista de melhor jogador
Redação Publicado em 30/10/2023, às 17h07 - Atualizado às 19h46
O Instituto Vini Jr foi premiado na Bola de Ouro 2023, em evento desta segunda-feira, 30. A organização do brasileiro foi agraciada com a segunda edição do Prêmio Sócrates, que homenageia projetos de cunho social. A iniciativa concilia ferramentas tecnológicas com a linguagem futebolística para modernizar dinâmicas de aprendizado em escolas públicas.
Os pilares do Instituto, de acordo com o próprio site oficial, visam “aumentar a confiança dos professores, tornar a escola um lugar atrativo para os educandos e valorizar as potências e interesses de novas gerações”. O projeto era um desejo do jogador, de sua família e amigos, desde o seu primeiro contrato profissional, quando já ajudavam famílias e instituições em São Gonçalo, onde o craque nasceu e foi criado.
.@vinijr, founder of the Instituto Vini.Jr, is the winner of the Socrates Award!#PrixSocrates with @peaceandsport#ballondorpic.twitter.com/2ua5hWICf9
— Ballon d'Or #ballondor (@ballondor) October 30, 2023
“A verdade é que estou muito feliz de ganhar esse prêmio, ajudar tantas pessoas no meu país, o Brasil, do meu bairro, da favela. É um sonho muito especial para mim estar aqui com todos vocês”, disse o astro brasileiro.
Além disso, o Instituto preza pela capacitação dos professores com práticas pedagógicas antirracistas, defendidas com afinco pelo jogador do Real Madrid. Vini, aliás, tem sido o principal porta-voz com visibilidade no futebol global de combate ao preconceito racial, pedindo apoio na luta contra a discriminação e questionando entidades que não se posicionam e deixam de tomar atitudes.
Vale destacar que Vini Jr também foi indicado na categoria de “Melhor Jogador”, sendo o único representante brasileiro da lista de 30 indicados. É o segundo ano seguido em que o atleta de 23 anos é considerado para a homenagem no prêmio principal, e a quarta edição consecutiva em que o país verde e amarelo tem apenas um ‘exemplar’ para a honraria mais cobiçada.
“É chato sempre ter que falar sobre racismo, mas estou preparado para isso. Sempre poder falar quando for necessário. Vou lutar pelas crianças, e que todos os jogadores possam nos ajudar. É muito triste ter que sempre falar sobre racismo, eu gosto de falar sobre futebol. É muito triste. Eu peço força para vocês para seguirmos na luta. E que as crianças do futuro venham a sofrer menos”, declarou Vini.
