Vanderlei Luxemburgo, técnico do Palmeiras, relembra história engraçada com ídolo do Corinthians

Vanderlei Luxemburgo teve uma excelente passagem pelo Corinthians, onde conquistou títulos importantes como o Campeonato Brasileiro de 1998. No Timão, ele comandou alguns jogadores que fizeram história no clube e um deles foi Marcelinho Carioca. 

O atual técnico do Palmeiras, em live, nas suas redes sociais, relembrou algumas histórias que passou com o ex-jogador. Uma delas chamou atenção e o fez gargalhar ao lembrar de Marcelinho reclamando de ir aos treinamentos que eram realizados em Itaquera. 

“O Marcelinho era cheio de história. Quando paramos de treinar no Parque São Jorge e fomos para Itaquera, ele disse: ‘Pô, professor… Itaquera é longe pra caramba’. Então, eu falei: ‘Marcelinho, está reclamando do quê? Você morava em Madureira e pegava ônibus para a Gávea. Agora, que tem uma BMW, reclama de treinar em Itaquera?’”, brincou. 

Na conversa também estava presente Zico, ídolo do Flamnego, e outro assunto debatido pelos dois foi as categorias de base e o futebol raiz. Luxa criticou a maneira como os novos jogadores estão sendo preparados e deu até uma sugestão aos clubes brasileiros. 

"Não tinha esse negócio de não botar a bunda no chão. A gente botava a bunda no chão no barrão, jogava duro. Agora está meio diferente, o pessoal reclama. Eu sou adepto até, nos CTs modernos por aí, deveriam fazer para as categorias de 10 a 14 anos, campos menores e ruins, campo esburacado, porque aí que você pega toda a destreza de jogar futebol, a habilidade, a bola muda de direção e você tem que raciocinar rápido. Nós aprendemos assim, num terreno de 10 por 10, no paralelepípedo. Agora você vê e as escolinhas são todas com grama sintética, a bola não muda de direção nunca", disse. 

Vanderlei Luxemburgo ainda deu continuidade sobre as críticas que fez para as categorias de base de clubes no Brasil e pediu uma maior atenção para a formação técnica do atleta. 

"Hoje isso é esquecido, estão muito mais preocupados com a parte tática, mas essa é a nossa essência. Nós jogamos tantos anos juntos, quantos gols você fez, quantas situações foram criadas que você tinha que mudar na hora o seu raciocínio. Os campos eram ruins e obrigavam a gente a mudar o raciocínio", concluiu.