Vanessa Bryant revela identidade de policiais denunciados pelo vazamento de fotos do acidente de Kobe - GettyImages
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Vanessa Bryant revela identidade de policiais denunciados pelo vazamento de fotos do acidente de Kobe

Documento revela que até 100 fotos foram tiradas dos corpos das vítimas da tragédia que tirou a vida de Kobe, Gianna e outras sete pessoas

Redação Publicado em 19/03/2021, às 09h58 - Atualizado às 10h01

Vanessa Bryant, viúva de Kobe Bryant, revelou na última quarta-feira, 17, os detalhes do processo que moveu contra quatro policiais da California, que divulgaram fotos do acidente de helicóptero que tirou a vida da lenda da NBA, sua filha Gianna e outras sete pessoas, no dia 26 de janeiro de 2020.

Em seu perfil no Instagram, ela publicou imagens da ação judicial contra policiais do Departamento do Xerife do Condado de Los Angeles. O documento expõe os nomes dos responsáveis por registrar e compartilhar as fotos do acidente que ocorreu na região de Calabasas, na Califórnia.

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Cerca de 25 a 100 fotos foram tiradas do local da tragédia, segundo o documento. Os registros feitos pelos policiais mostravam os restos mortais das nove vítimas da queda da aeronave. As imagens não possuíam ligação com a investigação do caso.

Vanessa moveu a ação para indenização por negligência e invasão de privacidade pelas fotos registradas. Na semana passada, a justiça de Los Angeles deu vitória para a viúva de Kobe no processo e autorizou que ela divulgasse oa nomes dos quatro oficiais que confessaram ter compartilhado as imagens sem autorização.

Em comunicado, o representante da família Bryant, Luis Li, comemorou a decisão e afirmou que a “a transparência promove a responsabilidade”. Ele ainda revelou que trabalha para que o caso seja levado à audiência pública.

Os nomes dos policiais foram revelados como Joey Cruz, Rafael Mejia, Michael Russell e Raul Versales. O processo diz que um deles tirou de 25 a 100 fotos em seu celular pessoal, apenas retratando o corpo das vítimas. As imagens foram mostradas para o dono de um bar de Los Angeles, que detalhou as imagens para outros clientes. Foi assim que a justiça tomou conhecimento da situação.

 

“Foi muito perturbador. Isso me incomodou durante toda a noite, até no caminho para casa. Foi muito inapropriado para esse policial estar naquele ambiente e mostrando aquelas imagens para outros indivíduos”, relatou um dos clientes presentes no bar através de um e-mail enviado para a Polícia de Los Angeles.

O policial Rafael Mejia afirmou que as imagens foram usadas “no propósito de responder perguntas e identificar detalhes da aeronave” e que foram deletadas logo após o acidente. Posteriormente, ele admitiu em novo depoimento que compartilhou as fotos por “curiosidade natural de policiais”.

“Vamos nos abster de comentar sobre o caso na imprensa e esperar pelo local apropriado. Nosso coração está com as famílias afetadas por essa tragédia”, disse Alex Villanueva, chefe do Departamento de Xerifes do Condado de Los Angeles.

We will refrain from trying this case in the media and will wait for the appropriate venue. Our hearts go out to all the families affected by this tragedy.

— Alex Villanueva (@LACoSheriff) March 18, 2021

Em setembro de 2020, a Califórnia aprovou a “Lei Kobe Bryant”, que proíbe os primeiros socorristas de fotografarem sem autorização pessoas mortas em cena de um acidente ou crime. O governador Gavin Newson aprovou a legislação, que entrou em vigor a partir de 1º de janeiro de 2021.

A “Lei Kobe Bryant” prevê que um socorrista que for julgado culpado por registros de imagens ilegais, poderá pagar uma multa de até 1 mil dólares (R$ 5.643).


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