Especialista em neurociências Luís Henrique de Oliveira explica como evitar que o vício em games possa causar estresse
Redação Publicado em 05/05/2023, às 18h52
O torneio de League of Legends, Mid-Season Invitational (MSI), começou em Londres no dia 02 com 13 times de todo o mundo, dois a mais do que no ano passado. A competição tem término previsto para o dia 21 de maio. O prêmio é de US$ 50 mil, aproximadamente R$ 251 mil. O campeão já garante vaga no Mundial de LoL.
Com a popularização de campeonatos de e-sports, o número de pessoas que jogam videogame continua nas alturas. Uma pesquisa apresentada pela GFK (Gesellschaft für Konsumforschung, Crescimento pelo Conhecimento, em português) revelou, em agosto de 2022, que 38% dos brasileiros jogam videogame diariamente para se entreter. Segundo o especialista em neurociências Luís Henrique de Oliveira, para muitos jovens e adultos, os games são uma forma de “liberar o estresse”.
“Essa alternativa oferece uma fuga rápida e eficaz para os problemas cotidianos, que possibilita para quem joga momentos de distração. A dissociação tem suas vantagens: algumas vezes, a carga de estresse é alta o suficiente para que o corpo não encontre mais repertório interno para ‘descarregar’, por exemplo. Portanto, dissociar pode facilitar o convívio e perceber menos a vida através das sensações”, afirmou.
Os jogos podem ser usados de maneira estratégica, principalmente quando se tratam daqueles em que há uma interação humana. Ainda de acordo com o especialista, games desse tipo são fundamentais, pois mantêm nosso sistema de engajamento social ativo e, como consequência, nossos vínculos permanecem saudáveis.
“Os sentidos estarem envolvidos nesses jogos é essencial para que nossas relações continuem benéficas. Manter nosso sistema de engajamento social ativo não é só primordial para sermos eficazes em cultivar boas relações, mas também para não nos perdermos do essencial: nossos vínculos familiares e afetivos”, concluiu.
