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Super-mulher: os desafios vividos por uma mãe e empresária campeã de fisiculturismo

Campeã em Los Angeles e vice-campeã sul-americana no Mr. Olympia, Andreia Tokutake cobra uma maior valorização das atletas

Leonardo Fabri Publicado em 08/03/2023, às 11h28

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Andreia Tokutake foi vice-campeã do Mr. Olympia - Arquivo Pessoal
Andreia Tokutake foi vice-campeã do Mr. Olympia - Arquivo Pessoal

Atletas de fisiculturismo podem ser considerados uma espécie de super-humanos, capazes de levantar uma quantidade de pesos e seguir uma dieta que apenas uma parcela mínima da população faria com prazer - e toparia tal sacrifício. Essa rotina se intensifica ainda mais quando o fisiculturista divide a vida esportiva com os desafios de um ser humano comum.

Para personificar essa introdução, vamos falar da mãe, empresária e fisiculturista wellness Andreia Tokutake, de 46 anos e muita disposição. Neste Dia Internacional da Mulher, a campeã do Los Angeles Championships e vice-campeã Mr. Olympia Brasil e Olympia Argentina comentou os desafios enfrentados por uma "Mulher Maravilha" de carne e osso.

"Os maiores desafios, eu acredito que sejam as abdicações que são necessárias fazer, como parar de comer doces, massas, deixar os encontros sociais e familiares de lado. Meus dias são guiados por horários, tenho uma rotina bem regrada", contou. "Eu sofri muito bullying devido à minha idade, muitas mulheres falavam que eu era velha demais para iniciar no esporte. Mas enfrentei e enfrento tudo para viver essa vida desafiadora que o esporte me proporciona desde 2017".

Mãe de três filhos e dona de um buffet de festas infantil, Andreia Tokutake subiu aos palcos pela primeira vez quando já tinha 41 anos. A idade, considerada avançada para iniciar em um esporte, foi apenas um dos obstáculos obliterados por ela, que compete na categoria wellness, classe que leva em conta especialmente coxas, glúteos e manutenção do corpo feminino com um baixo percentual de gordura.

"Tudo foi possível devido a uma receita baseada em disciplina, força de vontade, obstinação e constância", apontou Andreia. "Faço por amor ao esporte. Vejo que a nossa valorização como atleta feminina de fisiculturismo ainda engatinha, pois tanto amadores quanto profissionais percorrem uma mesma jornada, com os mesmos gastos para chegar aos palcos. Espero que isso mude no futuro".