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Churrasqueiro brasileiro desmistifica o 'bife de ouro' que virou notícia na Copa

Para o cozinheiro Cássio Cruz, especialista em Churrasco, a cobertura com ouro 24 quilates não compromete o sabor da carne

Davi Brandão Publicado em 07/12/2022, às 16h33

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Ida de jogadores da Seleção ao restaurante de Salt Bae gerou muita polêmica - Reprodução
Ida de jogadores da Seleção ao restaurante de Salt Bae gerou muita polêmica - Reprodução

O encontro do ex-atacante Ronaldo Fenômeno com Militão, Gabriel Jesus e outros jogadores da Seleção Brasileira na churrascaria Nusr-Et, em Doha, para provar um bife coberto por ouro 24 quilates, com preço até 1.450 libras (ou R$ 9 mil reais) continua repercutir entre os apreciadores da boa mesa.

Para o cozinheiro carioca Cássio Cruz, especialista em churrasco, a utilização do ouro entre os chefs de cozinha não é uma novidade, inclusive sendo utilizado por renomados profissionais da cozinha que atuam no Brasil. Na verdade, o ouro entra na elaboração gastronômica para ostentar, pois não altera o sabor do prato.

“O protagonista do prato é a carne. Trata-se de produtos muito bem selecionados, aos quais a excelência é marcada pelo sabor, pela suculência e pela maciez”, considerou Cássio Cruz. “Se não fosse a qualidade da carne, nada adiantaria a colocação do ouro no prato. O ouro ativa mais um sentido, o visual, pela beleza e o status de estar 'comendo ouro'”, completou.

O restaurante na cidade de Doha faz parte de uma rede com mais 20 outros espalhados por diversas capitais do mundo. Eles pertencem ao chef-celebridade Nusret Gökçe, com mais de 49 milhões de seguidores nas redes sociais, conhecido pelo seu apelido “Salt Bae” (ou “mozão do sal”, em português), que ganhou fama pelo jeito diferente de salgar as carnes.

“Trata-se de um showman da cozinha. Ele é brilhante. A maneira de salgar as carnes e o malabarismo com os utensílios conquistaram fãs pelo mundo. Acho isso muito positivo seu trabalho. Ele se tornou uma personalidade, uma atração, um entretenimento. Trata-se de uma referência mundial dentro do cenário gastronômico”, explicou. “Em visita ao Brasil, em 2020, especulou-se sobre a abertura de uma unidade da churrascaria Nusr-Et, em São Paulo, onde as negociações foram iniciadas com um grande frigorífico. Caso venha acontecer, eu me tornarei um cliente”, finalizou Cássio Cruz.

Garfadas valiosas

O incremento do ouro como ingrediente em receitas gastronômicas pode ser trabalhado em forma de folhas, flocos e pó comestível. A tendência extravagante tem sido adotada pelos chefs para realçar um toque luxuoso em refeições, doces e sobremesas. Alguns dos pratos ornamentados com ouro podem chegar a custar US$ 25 mil (cerca de R$ 130 mil). No restaurante Serendipity, em Nova York, a sobremesa "Frozen Haute Chocolate", que leva 28 tipos de cacau, procedentes de 14 países, e cinco gramas de ouro comestível de 23 quilates, custa exatamente a bagatela de R$ 130 mil.