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Após abrir inscrições para novas equipes, presidente da FIA expõe ter recebido ataques

Mohammed Ben Sulayem desabafa sobre comentários pesados que recebeu mesmo durante morte do filho

Redação Publicado em 25/10/2023, às 15h50

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Mohammed Ben Sulayem - Foto: Reprodução
Mohammed Ben Sulayem - Foto: Reprodução

Mohammed Ben Sulayem, o presidente da FIA, trouxe à tona um relato forte acerca dos inúmeros ataques que enfrentou desde o momento em que anunciou a abertura das inscrições para novas equipes na Fórmula 1. Durante uma entrevista concedida durante o Grande Prêmio dos Estados Unidos, em Austin, o emiratense revelou que os ataques pessoais continuaram a assolá-lo, persistindo até mesmo no dia em que enfrentou a tragédia da perda de seu filho, Saif, em um acidente de carro.

“Eu vivi um inferno. Me pergunto: ‘o que fiz para merecer todos aqueles ataques em fevereiro e março?'”, questionou Ben Sulayem ao portal australiano Speedcafe. “Eles me atacaram a partir do dia em que abri a expressão de interesse [inscrição de novas equipes na F1]”, declarou. “Até no dia em que meu filho morreu, eles me atacaram. Queriam me quebrar, apenas porque abri a entrada ao mundo. Foi desnecessário, contraprodutivo e ruim para os negócios”.

Sulayem assegurou que sua prioridade máxima é representar os interesses do esporte, o que o distingue das equipes. Em suas palavras, ele enfatizou que o foco das escuderias está predominantemente no aspecto financeiro, e essa ênfase nem sempre resulta em melhorias para o esporte como um todo.

“Podem dizer o que quiserem. No fim do dia, fui eleito para tomar conta do esporte. Nada vai para o meu bolso. Não temos investidores, não temos um conselho de diretores para dividir o dinheiro. Então, minha missão é diferente da deles. Isso está muito claro”, explicou.

“Não sei [os motivos]. Só porque abri a expressão de interesse. Temos um contrato [o Pacto da Concórdia] para 12 equipes. Termos 12 e ouvir: ‘não, você não está preparada’… Estou aqui pelo esporte a motor, pelo espírito esportivo. Eles olham para o dinheiro como um pedaço de um bolo que irão dividir”, completou Sulayem.

Indo além do financeiro, o profissional revela estar focando na sustentabilidade do esporte: “Eles precisam entender que estou mais do que feliz [com as equipes atuais]. Sempre estive com as equipes. No ano passado, sentei com elas e passei um ano tentando conhecê-las. Estou sempre acessível. Os times são muito importantes, os pilotos também. Mas é sobre nós todos, juntos. Nós que fazemos o show”.

Para concluir, o líder assegurou que o respaldo da FIA à entrada da equipe Andretti na Fórmula 1 é fundamentado em argumentos sólidos. Sulayem reforçou que a entidade está comprometida com sua decisão e sublinhou que a incorporação da equipe norte-americana seria uma adição benéfica para a categoria.

“Temos um papel a cumprir. A FOM tem, as equipes têm, os pilotos têm. E aí está o lucro, com certeza. Mas estou aprendendo mais, fazendo meu trabalho. Essas são as regras, e precisamos ser transparentes e justos. Fizemos nosso trabalho. Não só o presidente, mas toda a equipe da FIA”, disse. “A FIA fez todas as diligências devidas, um processo rigoroso. Fizemos tudo. Esperamos, fomos pacientes e fizemos as perguntas certas. Agora, não voltaremos em nossa palavra. Apoiamos a Andretti porque era a coisa a certa a se fazer. Isso está muito claro, e parabenizo minha equipe por ter feito isso”.

*com a colaboração de Savanna Machado