Antes de partida do Brasil, Marta projetou o confronto direto contra a Jamaica e chorou ao falar de papel no futebol feminino; confira
Camisa 10 da Seleção Brasileira, Marta se emocionou durante a entrevista coletiva nesta terça-feira, 01. Na conversa com a imprensa prévia ao jogo decisivo contra a Jamaica, pela terceira e última rodada do Grupo F, a jogadora chorou ao falar sobre ser referência no futebol feminino.
O Brasil entra em campo nesta quarta-feira, 02, às 7h (horário de Brasília), em duelo que vale vaga nas oitavas de final do Mundial Feminino. Antes de comentar sobre o seu papel, Marta garantiu que a seleção vai conquistar a classificação.
“Estou tão focada na partida que não parei para pensar que esta pode ser minha última coletiva em uma Copa do Mundo, porque não vai ser. Estou confiante e acredito que vamos seguir na competição”, disse Marta.
“A Marta de 2007 tem mais experiência. Tenho que pensar mais como agir em campo, porque eu era mais rápida, né? Com toda essa experiência, vou tentar de alguma forma, tanto dentro de campo, como fora, mostrar que somos capazes de vencer a Jamaica novamente. Aconteceu em 2007, aconteceu em 2019 e vai acontecer amanhã, assim espero”, declarou a camisa 10.
Brisbane ➡️ Melbourne
— Seleção Feminina de Futebol (@SelecaoFeminina) August 1, 2023
Chegamos! Cliques do desembarque da #SeleçãoFeminina em Melbourne! Vamos com tudo para o nosso próximo desafio na Copa do Mundo! #PelaPrimeiraEstrela ⭐️🇧🇷
📸 Thais Magalhães / CBF pic.twitter.com/NZditEXF8N
“Eu não costumo a pensar na Marta. Sabe o que é legal? Eu não tinha uma ídola no futebol feminino. Vocês (imprensa) não mostravam o futebol feminino. Como eu ia entender que eu poderia ser uma jogadora, chegar à seleção, sem ter uma referência? Hoje a gente sai na rua e os pais falam: ‘minha filha quer ser igual a você’. Hoje temos nossas próprias referências. Não teria acontecido isso sem superar os obstáculos. É uma persistência contínua. A gente pede muito que a nossa geração continue assim. A vovó que torce para Corinthians. A gente fica feliz em ver tudo isso. Há 20 anos, em 2003, ninguém conhecia a Marta. Em 2022, viramos referência para o mundo inteiro. Não só no futebol, mas no jornalismo também. Hoje vemos mulheres aqui, o que não tinha antes. A gente acabou abrindo portas para a igualdade”, acrescentou.
A situação do Grupo F é delicada para o Brasil. A França lidera a chave com quatro pontos e dois gols de saldo. A vice-líder Jamaica tem a mesma pontuação, mas com apenas um gol pró. Em terceiro, a Seleção Brasileira tem três pontos e só a vitória sobre as jamaicanas interessa.
“Lógico que o jogo vai ser nervoso, porque é um jogo de mata-mata. Para nós, começou antes do previsto. Temos uma equipe qualificada, mas são jogos de grandes competições. Estamos jogando uma Copa do Mundo, temos que estar preparadas para tudo. Para nós que já vivemos esse momento, temos que estar preparadas. Como a Pia falou, amanhã é um jogo decisivo, e não queremos voltar para casa cedo. Queremos continuar na competição”, afirmou a jogadora.
“Cada jogo é diferente, favorito nem sempre ganhar. Temos que respeitar o adversário independente de quem está do outro lado. É 11 contra 11. Nunca vi ninguém jogar com 12 ou 13. Temos que fazer acontecer dentro de campo, para que a gente possa se sentir confortável nessa situação. Antes da bola rolar, é tudo igual. Quando rolar, temos que mostrar o nosso futebol. Isso vai depender do nosso desempenho, até então, tem nada definido”, completou.