Jogador do Flamengo voltou a se pronunciar sobre episódio e reafirmou voz ativa na luta contra o racismo
Redação Publicado em 22/12/2020, às 12h17 - Atualizado às 12h18
Nesta terça-feira, 22, o meio-campista Gerson, do Flamengo, compareceu na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), no Centro do Rio de Janeiro, para dar depoimento sobre a ofensa racista que ele sofreu na partida contra o Bahia, no último domingo.
Após o jogo, válido pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro, Gerson fez um forte depoimento ao Premiere. Ele acusou Ramírez, do Bahia, de racismo. Segundo o meia, o colombiano disse a ele “Cala boca, negro”.
Na delegacia, o jogador se pronunciou sobre o caso mais uma vez, e reafirmou a motivação de combater o racismo. Ele ainda citou sua voz ativa como jogador de futebol.
“Estou aqui na delegacia, vim falar sobre o ocorrido. Quero deixar claro que não vim falar só por mim, mas pela minha filha, que é negra, meus sobrinhos, que são negros, meu pai, minha mãe, amigos e todos os negros no mundo. Hoje, graças à Deus, sou jogador de futebol e tenho voz ativa para poder falar e dar força para que outras pessoas que sofrem racismo ou outro tipo de preconceito possam falar também’’, disse Gerson.
O jogador do Flamengo, que chegou ao local por volta das 10h (de Brasília), estava acompanhado do vice-presidente Rodrigo Dunshee. Ele destacou o compromisso do clube em apoiar Gerson após o episódio.
“O Flamengo está aqui junto com o Gerson, como está sempre junto com todos os atletas, para apoiar nesse momento. O Gerson cumpriu seu papel de cidadão, fez a apresentação e agora a questão está entregue à Justiça e a gente espera que a justiça seja feita”, afirmou Rodrigo.
Após a denúncia feita por Gerson, o Bahia optou pelo afastamento de Ramírez até a conclusão do caso. O jogador do Tricolor nega as acusações.
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