Fifa se pronuncia sobre caso de racismo envolvendo Taison e Dentinho - Gettyimages
RACISMO

FIFA diz que ucranianos devem investigar caso de injúria racial

Entidade informou que não está por dentro de todos os detalhes e que autoridades locais são responsáveis pelas investigações

Izabella Macedo Publicado em 11/11/2019, às 18h33

No último domingo, 10, a FIFA se pronunciou sobre o caso de injuria racial sofrido pelos brasileiros Taison e Dentinho, do Shakhtar Donetsk, na partida contra o Dínamo de Kiev pelo Campeonato Ucraniano. De acordo com a entidade, a responsabilidade sobre o caso é das autoridades locais.

"Não estamos a par de todos os detalhes acerca deste incidente. Enquanto é a responsabilidade das autoridades ucranianas cuidar, investigar e agir sobre qualquer incidente na liga ucraniana, o posicionamento da Fifa é inequívoco no sentido de que qualquer tipo de discriminação não tem espaço no futebol", respondeu a entidade à Folha de São Paulo, por meio de um porta-voz.

A declaração ainda cita o artigo 4º do Estatuto Oficial da Fifa, que diz que qualquer ato discriminatório é "proibido e passível de ser punido com suspensão ou expulsão". Ainda no mesmo documento, em suas declarações finais, a Fifa "deve agir" em casos de abuso racial, problema que tem sido recorrente no futebol europeu.

Em julho deste ano, o Código Disciplinar da entidade foi atualizado contendo punições mais severas contra esse tipo de caso. Foi nesta alteração que o procedimento de três etapas foi incluído: primeiro, a partida deve ser paralisada, depois, o aviso deve ser feito por meio do alto-falante do estádio e, por fim, o encerramento do jogo deve ser anunciado e o time infrator deve ser declarado como derrotado.

Porém, no caso envolvendo Taison e Dentinho, somente as duas primeiras etapas foram cumpridas, depois o jogo foi reiniciado. Como reação às ofensas, Taison chutou a bola para as arquibancadas e mostrou o dedo do meio para a torcida do Dínamo. Dessa forma, o meia acabou expulso de campo.

O mesmo caso aconteceu com o zagueiro Kalidou Koulibaly, do Napoli, em dezembro do ano passado. Após ser insultado por sua cor de pele em uma partida contra a Internazionale de Milão, o atleta se revoltou e aplaudiu de forma irônica o árbitro do jogo. Com isso, recebeu cartão vermelho e foi suspenso por dois jogos. Somente depois do ocorrido, a Federação Italiana puniu a Inter com dois jogos sem a presença de sua torcida.

No caso mais recente, a seleção da Bulgária viu seus torcedores fazerem cantos racistas e gestos fascistas durante a derrota para a Inglaterra. Nesse episódio, a Fifa pressionou a Uefa para que agisse contra a seleção búlgara. A entidade europeia seguiu a orientação de sua superior e, assim, o país foi punido com um jogo de arquibancadas vazias.

Em seu posicionamento sobre o caso de Taison e Dentinho, a Fifa ainda reforçou as declarações de seu presidente, Gianni Infantino, sobre o episódio anterior na Bulgária.

"[Podemos] estender essa punição ao nível mundial", finalizou.


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