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Benjamin inaugura academia de vôlei em Illinois, nos Estados Unidos

Objetivo principal no momento, segundo o ex-atleta olímpico, é formar atletas

Leonardo Freitas Publicado em 21/06/2023, às 15h39

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Benjamin é ex-atleta olímpico - Arquivo Pessoal
Benjamin é ex-atleta olímpico - Arquivo Pessoal

Dentre os nomes dos maiores vencedores do vôlei de praia nacional e internacional no início dos anos 2000, o ex-atleta olímpico Benjamin inaugurou, esta semana, a academia Brava Brazilian Volleyball, seu novo projeto na atual fase de sua vida. A Brava Brazilian Volleyball Academy nasce em Naperville, subúrbio nobre de Chicago, e é voltada para o aperfeiçoamento no esporte de jovens entre 9 e 16 anos.

O brasileiro é técnico e dono do empreendimento, cujo objetivo principal no momento é formar atletas.

"Estamos começando com camps e clínicas, que são cursos rápidos e imersivos. Ainda estamos entendendo a dinâmica do esporte escolar na região, que é bem forte. Imaginamos formar jovens atletas de 9 a 16 anos, mas isso pode mudar com o tempo. Não temos a intenção de entrar no Circuito Mundial, mas podemos reavaliar, quem sabe? Entender a dinâmica do vôlei aqui é importante porque, diferentemente da Califórnia ou Flórida, o verão é bem curto. Queremos montar uma estrutura que viabilize os treinamentos o ano inteiro", conta Benjamin.

Benjamin conhece o Circuito Brasileiro e Mundial do Vôlei de Praia como poucos. Ao lado de Márcio, Benjamin foi campẽao brasileiro em 2000, e vice em 2001, 2002 e 2003, e vice-campeão mundial em 2002 e 2003. Foi bronze na Copa do Mundo, em 2003, e nono nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004.

O head coach do projeto foca em um perfil de alunos em nível competitivo, e esclarece que o vôlei feminino é quantitativamente maior que o vôlei masculino.

"Aqui, há mais times femininos. Todas as escolas têm times, muitas vezes mais de um, e existem classificatórias para estes times em um processo de seleção disputado. Os pais investem pesado para as crianças desenvolverem seu voleibol. A maioria das crianças está associada a algum clube que reforça o esporte que é aprendido na escola. Estes clubes, que jogam torneios regionais ou nacionais, são as vitrines para as bolsas nas universidades no futuro. Então, é um ciclo que começa cedo e é bastante competitivo, pois o desempenho acaba definindo as bolsas nas universidades. Estamos começando agora e ainda entendendo o ambiente e a realidade do que move o vôlei aqui, mas o tamanho de tudo, inclusive das estruturas físicas, é impressionante", afirmou Benjamin.

Encanto pela região

Natural de Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul, Benjamin teve a oportunidade de jogar uma etapa do Circuito Mundial em Chicago, em 2000. Hoje, aos 51 anos, afirma que se surpreendeu pela paixão que as pessoas da região de Chicago têm pelo vôlei, mesmo com o clima pouco ameno.

"Eu já tinha jogado uma etapa do Circuito Mundial em Chicago, em 2000, mas não sabia a dimensão do vôlei na região. Por causa do clima, a maioria das estruturas é indoor, mesmo para as quadras de areia. Mas no verão o que acontece nas praias, e há umas praias bem grandes no Lago Michigan, é impressionante: dezenas de quadras lado-a-lado, com o vôlei sendo praticado por homens e mulheres de todas as idades enquanto houver luz. É o paraíso do vôlei", brinca Benjamin.

O ex-jogador também vibra com a adesão da comunidade local a um projeto liderado por um estrangeiro e destaca o interesse que as crianças e adolescentes demonstram em ouvir histórias e aprender mais sobre o esporte.

"Já dei treinos para algumas duplas no Brasil e também participei de alguns treinos no indoor, com Bernardinho e Giovane. O Brasil é visto como referência, tanto na areia quanto na quadra. Os atletas olímpicos são muito respeitados e é bastante esperada a transição de jogador para treinador, porque a cultura americana valoriza a história de grandes atletas de uma forma geral. As crianças gostam de interagir e ficam me perguntando quantas horas e quantos dias eu treinava. Essa troca de informações é muito inspiradora para a garotada", conta Benjamin.