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Outros Esportes / JOGOS OLÍMPICOS

Presidente do COI admite que Jogos Olímpicos de Tóquio não serão adiados novamente

Thomas Bach diz que evento de Tóquio terá de ser cancelado caso pandemia não esteja controlada em 2021

Gabriela Santos Publicado em 21/05/2020, às 09h55

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Presidente do COI admite que Jogos Olímpicos não serão adiados novamente - GettyImages
Presidente do COI admite que Jogos Olímpicos não serão adiados novamente - GettyImages

Após o adiamento dos Jogos Olímpicos de 2020 para 2021, o Comitê Olímpico Internacional (COI) trabalha para a realização do evento no ano que vem. Em entrevista à BBC nesta quarta-feira, 20, o presidente do COI, Thomas Bach, afirmou que as Olimpíadas de Tóquio serão canceladas caso a pandemia de coronavírus não esteja controlada até o próximo ano.

Bach disse que os Jogos não serão novamente adiados, justificando que o primeiro ministro do Japão, Shinzo Abe, não tem plano B para a realização do evento esportivo. As Olimpíadas foram confirmadas para 23 de julho a 8 de agosto de 2021.

“É a última opção. Francamente, entendo isso porque você não pode empregar para sempre 3.000 ou 5.000 pessoas em um comitê organizador. Você não pode mudar todos os anos todo o calendário esportivo mundial de todas as principais federações. Você não pode ter os atletas em incerteza. Você não pode ter tanta sobreposição com os futuros Jogos Olímpicos, por isso entendo essa abordagem de nossos parceiros japoneses”, disse Bach à BBC.

O COI e a organização do Japão trabalham para a realização dos Jogos Olímpicos em julho do ano que vem. Thomas Bach disse que a entidade está preparada para diferentes situações. Ele até mencionou o plano de colocar em quarentena todos os envolvidos nas Olimpíadas.

“Ao mesmo tempo, olhando os cenários que isso pode exigir para a organização, no que diz respeito às medidas de saúde, elas talvez precisem de quarentena para os atletas, para parte dos atletas, para outros participantes. O que isso pode significar para a vida em uma Vila Olímpica e assim por diante? Todos esses cenários diferentes estão sendo considerados, e é por isso que estou dizendo que é uma tarefa gigantesca, porque há tantas opções diferentes que não é fácil resolvê-las agora. Quando tivermos uma visão clara de como será o mundo em 23 de julho de 2021, tomaremos as decisões apropriadas. Não existe um plano para isso, por isso precisamos reinventar a roda dia após dia. É muito desafiador e ao mesmo tempo fascinante”, acrescentou Bach.

Bach ainda falou sobre a opção de realizar as disputas sem público, mas não é o plano principal.

“Não é isso que queremos, porque o espírito olímpico é sobre unir fãs. Isso que torna os Jogos únicos. Mas quando chegaríamos a essa decisão... eu pediria que você me desse mais tempo para consultas com os atletas, com a Organização Mundial de Saúde, com os parceiros japoneses”, completou Bach.