Mariana Becker fala em domínio da Mercedes, mas destaca: “Devemos prestar atenção em quem chega atrás”
Em live com o SportBuzz, jornalista da Globo fala sobre temporada 2020 da Fórmula 1 em meio à pandemia
Gabriela Santos Publicado em 10/09/2020, às 15h35 - Atualizado às 16h30
Pódio do GP da Itália: Pierre Gasly (1º), Carlos Sainz (2º) e Lance Stroll (3º) - GettyImages
A pandemia de coronavírus mudou o panorama do esporte em 2020. E com a Fórmula 1 não seria diferente. A temporada que começaria em março, com o Grande Prêmio da Austrália, deu sua primeira largada mesmo em julho, com o circuito da Áustria.
Após meses de incertezas, a Fórmula 1 retornou diferente: a movimentação nos bastidores diminuiu, as entrevistas estão mais distantes e a proximidade com os pilotos ficou diferente. Em participação na live do SportBuzz nesta quarta-feira, 9, a jornalista Mariana Becker, setorista da categoria no Grupo Globo, falou sobre o primeiro contato depois de quase quatro meses.
“O primeiro Grande Prêmio do ano sempre tem uma certa saudade pelo tempo que a gente passou sem se ver. Nós acabamos fazendo uma certa relação familiar com essas pessoas porque dividimos [trabalho] o ano inteiro e passamos muito tempo juntos. Então, se rever no primeiro dia do ano de GP dá um pouco dessa sensação de reencontro. Mas eu acho que ali na Áustria deu, além disso, a sensação de reencontro depois de uma pandemia. Fez com que as pessoas, os pilotos e quem trabalhasse nesse Grande Prêmio ficasse mais afável”, disse Mariana.
“A gente sempre brinca que o piloto fora do paddock é uma coisa e dentro do paddock é outra. Fora ele pode ser afável, agradável, conversar com você, ser aberto e no momento que ele entra no paddock a tensão é tão grande, o trabalho é tão exigente, que muitas vezes ele fica muito centrado e pode parecer antipático”, disse antes de completar:
“O que aconteceu de diferente nesse ano é que os pilotos mesmo com a máscara eles olhavam com um olhar mais afável, eles paravam [para conversar]. O [Sebastian] Vettel várias vezes parou para conversar comigo, uma coisa que ele não fazia nunca. Você via a pessoa [através dos olhos] tentando se comunicar para dizer que está tudo bem. Acho que aprenderam a se comunicar mais ainda pelos olhos do que faziam antes”.
Na atual temporada, Lewis Hamilton, Valtteri Bottas, ambos da Mercedes, e Max Verstappen, da RBR, estão dominando os pódios. A grande surpresa foi no último GP, em Monza, com Pierre Gasly (Alpha Tauri), Carlos Sainz (McLaren) e Lance Stroll (Racing Point) figurando os primeiros colocados.
Em 2020, Mariana Becker não acredita que a Mercedes não seja campeã. Para ela, a equipe domina, mas a atenção deve ser voltada aos jovens que conquistam as colocações seguintes.
“Infelizmente, não [é cedo para falar]. A Mercedes tem um carro de outro planeta, que está andando lá na frente. Só por um acaso do destino, como aconteceu na última corrida [GP da Itália], que o Hamilton não venceu, mas provavelmente vai ganhar esse ano”, disse.
“O que devemos prestar atenção, na verdade, são os [pilotos] novos. Não tanto em quem vai ser o primeiro, mas quem vai ficar em segundo e terceiro, e o que está acontecendo nesse meio. Porque se tirar as Mercedes, como aconteceu na última corrida, é uma ‘briga de foice’. Eles são incríveis. Eu estou adorando essa nova geração”, concluiu.
O próximo Grande Prêmio de Fórmula 1 será disputado no domingo, 13, no Circuito de Mugello, na Itália. A Globo fará a transmissão da etapa ao vivo.
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Lewis Hamilton 
