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Ítalo, Medina e outros surfistas da WSL contam sobre rotina, ações do bem e lições que podem tirar da pandemia

Em isolamento, 12 atletas da elite da World Surf League se dedicam à preparação física, mas sem esquecer da ajuda ao próximo

Redação Publicado em 04/05/2020, às 15h28

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Ítalo e Medina - GettyImages
Ítalo e Medina - GettyImages

Ítalo Ferreira, Gabriel Medina, Filipe Toledo, Adriano de Souza, Lucas Chumbo, Lucas Vicente, Tainá Hinckel, Tatiana Weston-Webb, Silvana Lima, João Chianca, Miguel Pupo e Willian Cardoso, cada um à sua maneira, têm enfrentado de forma positiva este período delicado de isolamento social. Mas uma coisa todos pensam em comum: que essa pandemia da Covid-19 está ensinando a humanidade a valorizar as coisas mais simples da vida, a desacelerar e também que é preciso cuidar mais do planeta.

Os atletas, destaques nos circuitos da WSL – World Surf League, estão obedecendo as normas de segurança à saúde e contam estar em um momento de reflexão sobre si mesmos, a vida e o mundo.

O atual campeão mundial Ítalo Ferreira conta que está treinando muito para manter a forma, em sua miniacademia em casa, além de tomar cuidado com a alimentação. “Aqui em Baia Formosa (RN) não temos casos/mortes pela Covid-19. A entrada de turistas está bloqueada para evitar aglomerações e a proliferação do vírus. Com as devidas precauções, tenho treinado dentro e fora da água”, afirma o número 1 do Circuito Mundial (CT) 2019. “Às vezes posto treinos para incentivar as pessoas a fazerem o mesmo e se sentirem bem. Mas tento aproveitar a vida sem as mídias sociais e tem sido uma ótima experiência”, completa.

Desde o comunicado do isolamento social, Gabriel Medina está em Maresias, São Sebastião (litoral norte do Estado de São Paulo). “Estou ativo, faço exercícios físicos diariamente, leio, aprendo violão, faço vídeos no aplicativo TikTok e assisto series e filmes”, diz o bicampeão mundial (2014 e 2018) e segundo no ranking da WSL.

Considerado um dos melhores atletas de ondas gigantes do mundo, Lucas Chumbo conta que também tem treinado e assistido séries. “Estou em Saquarema (RJ) e confesso que está difícil ficar longe do mar. Mas temos de respeitar as autoridades e ficar em casa”, diz o vencedor do Nazaré Tow Surfing Challenge 2020 (Portugal), na categoria Melhor Dupla.

Da mesma forma pensa a cearense Silvana Lima. “Estou limpando a casa, cozinhando e brincando com os meus cinco cães. Acostumei a ficar sem surfar e sem academia, por causa das operações (para curar lesões no joelho direito), que me afastaram por oito meses”, conta a oitava colocada no ranking feminino mundial, classificada para representar o Brasil nos Jogos de Tóquio, no ano que vem. Eleita oito vezes a Melhor Surfista Brasileira, Silvana chegou ao vice-campeonato mundial por duas temporadas.

Já João Chianca, campeão sul-americano da WSL Latin America em 2019, recentemente teve uma pequena lesão no tornozelo, conta que não vê a hora de surfar novamente. “Não vejo a hora de voltar à competição e sei que vou vestir a lycra novamente muito em breve”.

Conhecido como mineirinho, Adriano de Souza, campeão mundial em 2015, diz que ficou cinco semanas em isolamento, mas como mora em Florianópolis (SC), onde as praias estão liberadas, já voltou a surfar. “Estou com saudades dos meus pais, que moram no Guarujá e estão no grupo de risco, mas não posso ir vê-los”, diz, chateado, o atleta.

Também de Floripa, Lucas Vicente, campeão mundial na categoria Pro Júnior da World Surf League, afirma que voltou a surfar, mas durante a quarentena diz ter se dedicado à culinária: “Tenho aprendido novas receitas”. A catarinense Tainá Hinckel, campeã sulamericana Pro Junior (2016), também é beneficiada com o retorno ao mar: “Acho legal estar liberado o surfe, desde que as pessoas respeitem a distância de segurança”.

E a gaúcha Tatiana Weston-Webb (filha de uma brasileira com um inglês) se diz abençoada: “Aqui no Kauai (ilha do arquipélago havaiano) podemos surfar e estou passeando nas cachoeiras, plantando no meu jardim, cozinhando e me alimentando muito bem. Fazendo coisas que me deixam feliz”.

A atleta está morando com o noivo, o surfista Jesse Mendes. “Estávamos juntos quando descobrimos sobre a pandemia e quando nossos eventos foram cancelados, decidimos permanecer juntos e Jessé veio para Kauai. Não queríamos de jeito nenhum ficar longe, como geralmente acontece quando a temporada está off”, diz a vencedora do WCT 2016, sétima colocada no campeonato mundial feminino e que tem garantida a vaga nos Jogos Olímpicos 2021.

CURTINDO OS FILHOS

Há pelo menos sete anos, o surfista Filipe Toledo, o Filipinho, conta que não ficava tanto com sua família como atualmente. “Aqui na Califórnia houve um período mais severo, aproveitei para cuidar da casa, curtir meus filhos, Mahina e Koa, e andar com meu simulador de surfe smoothstar, que me aproxima do esporte. Agora que já temos algumas praias liberadas, volto para a água”, diz o quarto colocado no ranking mundial.

Também aproveita para ficar com as filhas o atleta Miguel Pupo: “Pude ver a Serena falar as primeiras palavras e a Luna aprender várias coisas. Perdemos isso quando estamos na estrada. Mas sinto falta das competições, que parecem estar distantes”, diz o surfista, que em 2019 se concentrou 100% na série qualificatória QS e recuperou sua vaga entre os melhores do mundo, com o sétimo lugar no ranking, quando venceu uma etapa do WSL Qualifying Series QS 10000 na Espanha.

Outro que está mais perto do filho é Willian Cardoso: “Estou sem surfar desde que voltei da Austrália. Dá saudade das viagens, mas estou feliz e brincando com o Lucas”. Cardoso entrou na QS 2017 e conquistou uma vitória no seu ano de estreia no circuito mundial CT, em 2018, na etapa de Uluwatu, na Indonésia.

AÇÕES DO BEM

Usando o exemplo da iniciativa do skatista Pedro Barros, Adriano de Souza conta que ‘entrou de cabeça’ em uma ação do bem. “Usamos o site Vakinha para arrecadar fundos em uma rifa, Pedro doou o seu skate e eu minha prancha e a lycra. Arrecadamos R$ 9 mil e compramos em torno de 10 toneladas de alimentos que foram distribuídos para comunidades carentes. Faremos mais ações e vamos beneficiar, também, creches”.

Outra ação bacana que envolveu além de Mineirinho, Toledo, Pupo e Peterson Crisanto foi o Campeonato Virtual de Surf Bico Branco, idealizado pelo pai de Yago Dora (Leandro Dora) e realizado no final de abril. A iniciativa premiou com R$ 10 mil surfistas sem patrocínios e que não estão conseguindo premiações em dinheiro por conta da pandemia.

Já Medina, a namorada, Yasmin Brunet, seus irmãos, Felipe e Sophia e a mãe, Simone Medina, customizaram camisetas Tie-Dye para leilão e o valor arrecadado será doado para população mais carente. Apesar desta ação, a declaração do surfista é só para mãe: “Ela tem feito um trabalho incrível durante essa pandemia e ajudado o máximo que pode a nossa comunidade. Nas últimas semanas foram distribuídas milhares de cestas básicas para os mais vulneráveis. Fico com muito orgulho dela”.

Sabe-se que Ítalo também faz doações em sua comunidade, mas ele não gosta de falar a respeito: “Sempre ajudo porque é dessa forma que retribuo o que ganho. Mas não faço questão de mostrar”.

Segue o mesmo pensamento Chumbo, que conta também ter feito boas ações, no entanto ele acredita que o bem possa ser feito sem a necessidade de se postar em mídias sociais. Já Tatiana, que tem participado de campanhas beneficentes online, acredita que é algo do coração e não há necessidade de expor este tipo de ação.

A WSL, em parceria com os melhores surfistas do mundo, também está com ação do bem, que incentiva seus atletas a ajudarem os negócios locais de suas cidades. Trata-se da campanha #StayLocal, que tem os dizeres: “encomende uma nova prancha no shaper local, compre presentes na loja de surf local ou peça cafés on-line no café local. As comunidades são compostas por pessoas e, se você puder, o #StayLocal está incentivando a ajudá-las. Os melhores surfistas do mundo estão fazendo o mesmo no apoio às suas respectivas comunidades locais e a WSL está igualando seu apoio através do programa #StayLocal”.


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