O salto está nas Olimpíadas desde 1904 e tem os Estados Unidos como maior medalhista da modalidade
Isabelly Cristaldo Publicado em 07/02/2020, às 07h36
Os Jogos Olímpicos de Tóquio estão cada vez mais próximos. Faltando um pouco menos de seis meses para a cerimônia de abertura, marcada para o dia 24 de julho, a expectativa para o maior evento esportivo do planeta cresce cada dia mais.
Com isso, o SportBuzz fará uma série de reportagens apresentando todas as modalidades que estarão no cronograma olímpico!
A modalidade da vez é o Salto Ornamental!
O ESPORTE
Salto Ornamental é um esporte que exige grande técnica, flexibilidade e elasticidade. A modalidade consiste em saltar de uma plataforma elevada em direção à água, realizando movimentos estéticos durante a queda.
Em uma plataforma fixa, pode chegar até dez metros de altura, em relação à piscina, que deve ter no mínimo quatro metros de profundidade.
Julgar o salto do atleta é uma tarefa complexa e em virtude disso vários especialistas são convidados para avaliar os atletas.
Os critérios de avaliação são: criatividade na hora do salto, destreza, rigor na execução do salto previsto, simetria, ritmo dos movimentos e entrada na água.
Já o trampolim, é uma plataforma flexível e requer um saltar que tenha mais destreza. A classificação do salto considera todas as suas etapas: aproximação, partida, elevação, execução, entrada.
Atualmente, existem 82 tipos de salto. Dentre eles, há posições básicas praticadas pelos atletas:
Grupada: corpo dobrado nos joelhos e quadris, joelhos juntos voltados para o peito.
Carpada: corpo dobrado na cintura e pernas retas.
Esticada: corpo reto.
Livre: combinação de posições básicas.
As provas realizadas nas Olimpíadas são: plataforma de dez metros, trampolim de três metros e saltos sincronizados. O esporte também faz parte dos Jogos Pan-Americanos.
A MODALIDADE EM TÓQUIO 2020
O Centro Aquático de Tóquio está localizado no Parque litoral de Tatsumi, onde ocorrerão as provas de natação, saltos ornamentais, nado sincronizado e eventos paralímpicos.
O local está sendo apresentado como uma das mais importantes instalações dos Jogos.
O Tokyo Aquatics Center, como é seu nome original, custou cerca de 56,7 bilhões de ienes, aproximadamente R$ 2 bilhões. A área tem cerca de 65.500 metros quadrados.
A ideia dos organizadores é que o Centro de Tóquio se torne uma das maiores arenas aquáticas do planeta.
“O Centro Aquático de Tóquio se tornará uma instalação de classe mundial para eventos de natação e saltos ornamentais (...) Mesmo após os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2020, esperamos manter essa reputação”, disse Tomofumi Kusano, diretor sênior de instalações.
A piscina dos Jogos Olímpicos da capital japonesa terá o tamanho e as características padrões de qualquer evento internacional. As medidas são: 50 metros de comprimento, com 25 metros de largura e 3 metros de profundidade.
Além da finalidade para as Olimpíadas, os organizadores traçaram a meta de atingir ao menos 10 grandes competições por ano no local.
O BRASIL NA MODALIDADE
Em 2016, nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, o Brasil exibiu sua maior delegação da história na modalidade. Na época, nove representantes disputaram as oito provas da competição, divididas em eventos de trampolim e plataforma. Apesar da marca história, o Brasil não conquistou nenhuma medalha.
A Confederação Brasileira de Saltos Ornamentais (CBSO) foi criada no dia 18 de maio de 2017 por representantes da totalidade dos clubes brasileiros, incluindo, mas não se limitando a técnicos, árbitros e os principais atletas do país.
"É a única entidade nacional dedicada exclusivamente ao desenvolvimento dos saltos ornamentais e tem como principais metas se tornar uma referência na gestão esportiva do País e colocar o esporte brasileiro entre as principais potências mundiais da modalidade", está escrito no site oficial da Confederação.
A primeiro atleta brasileiro a competir em Jogos Olímpicos foi Adolpho Wellisch, vencedor da primeira competição oficial de saltos ornamentais, realizada na enseada de Botafogo, no Rio de Janeiro, em 1913. Ele integrou a delegação brasileira dos Jogos Olímpicos Antuérpia, em 1920.
Em 2020, cada nação pode levar no máximo 16 atletas, dos quais oito para provas no masculinp e outros oito para disputas no feminino. Entre estes, no máximo dois de cada bandeira podem se apresentar nas provas individuais e uma dupla nas provas sincronizadas.
RETROSPECTO OLÍMPICO
O esporte teve sua origem na Grécia Antiga e de lá para cá foi ganhando cada vez mais popularidade entre os países e continentes.
Porém, só em 1904 a modalidade estreou nas Olimpíadas, nos Jogos Olímpicos de Saint Louis, nos Estados Unidos. Inicialmente só para homens, mas a partir de 1912 mulheres ganharam o direito de competir.
Até a Primeira Guerra Mundial, os suecos e alemães dominaram o esporte. Após a guerra, os americanos se sobressaíram e, a partir dos anos 90 iniciou-se o domínio chinês. Desde os Jogos Olímpicos de Seul, em 1988, os saltos ornamentais têm sido um dos seis esportes mais concorridos pelo público.
Até hoje, o maior campeão de medalhas são os Estados Unidos, com 135 medalhas totais, demonstrando grande diferença para seus oponentes, China, com 59 medalhas e Suécia, com apenas 21, ocupado o segundo e terceiro lugar respectivamente.
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