Rikiya e Ayumi Kataoka estavam realizando uma volta ao mundo quando as fronteiras foram fechadas
O casal japonês Rikiya e Ayumi Kataoka estava de lua de mel realizando uma volta ao mundo quando a pandemia do coronavírus chegou e fechou todas as fronteiras. Com isso, eles ficaram presos em Cabo Verde.
Durante os cinco meses no arquipélago, eles construíram uma boa relação com a população local, trocaram experiências e acabaram convidados para integrar a equipe olímpica do país. 'Eles querem que eu seja um embaixador da equipe olímpica", explicou Rikiya em entrevista a agência Reuters por videoconferência. "Quando eu voltar para Tóquio, farei um trabalho para eles", completou.
O objetivo dos representantes da ilha com o convite é até retribuir o trabalho do casal na promoção de Cabo Verde. Com pouco dinheiro, Rikiya aproveitou a sua experiência como cinegrafista no Japão e produz conteúdo de restaurantes e hotéis em troca de local para dormir e comida.
"Eu fotografei muitas coisas em restaurantes e hotéis, como voluntário", relembrou ao contar como surgir a oportunidade de emprego. Este conteúdo é divulgado nas redes sociais e no canal no YouTube do casal japonês.
"Sentimos a necessidade de retribuir. Eles são japoneses e merecem, em nome da amizade que temos com o Japão, ser bem tratados. Era nosso interesse acompanhá-los em sua jornada e também torná-los parte de nossa aventura no Japão", declarou Leonardo Cunha, chefe da missão das ilhas em Tóquio-2020.
Cabo Verde nunca conquistou uma medalha olímpica. No entanto, a ilha de sal está presente em todas as edições dos Jogos desde Atlanta-1996. A expectativa é levar até quatro atletas para Tóquio no próximo ano.