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Testeira

31 de julho de 2020 ou 12 de agosto de 2016?

Um dia depois de Mayra Aguiar, o judô continuou a dar alegrias e medalhas para o Brasil

Gisèle de Oliveira Publicado em 31/07/2020, às 10h00

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Rafael Silva, o Baby, celebra vitória nos Jogos do Rio-2016 - Ezra Shaw/GettyImages
Rafael Silva, o Baby, celebra vitória nos Jogos do Rio-2016 - Ezra Shaw/GettyImages

O sétimo dia de competições reservou mais uma medalha para o Brasil, outra gentileza de nossos judocas. Foi nele também que o rei do saibro no tênis fez duas partidas em menos de seis horas. Nas piscinas, o aprendiz superou o mestre e uma jovem nadadora atingiu marcas incríveis.

Um doce gigante
Mesmo com 2.03m e mais de 150 quilos, Rafael Silva, o Baby, faz jus a seu apelido quando está fora dos tatames, esbanjando calma e cordialidade. Dentro dele, no entanto, ele transforma altura e peso em potência e resistência. E foi com determinação que ele passou por seus adversários nas duas primeiras lutas na categoria peso pesado (+100kg), mas teve em seguida a maior pedreira pela frente, o favoritíssimo Teddy Riner – que se sagrou campeão – e acabou tendo de disputar a repescagem. Focado, Baby então bateu o holandês Roy Meyer e depois pegou o uzbeque Adbullo Tangriev na disputa pelo bronze, vencida por ele, que repetiu o resultado de Londres, encerrando a participação brasileira com medalha no último dia do judô na Olimpíada do Rio. “Estou muito feliz! Foi muita luta depois da minha lesão. Em casa é bom demais. A torcida pressionou o adversário, me ajudou. Muito diferente ganhar essa medalha com a torcida. Eles me empurraram”, celebrou Baby, lembrando da lesão no tórax o tirou de combate por seis meses.

Touro indomável
Uma das principais características de Rafael Nadal é a sua total entrega dentro de quadra. Mesmo sem saber se teria condições de participar da Olimpíada, pois se recuperava de uma contusão no punho, o espanhol foi ao Rio e não só disputou os Jogos como naquele dia 12 de agosto fez duas partidas em menos de seis horas, mostrando mais uma vez do que é feito. Primeiro ele se classificou para as semifinais de simples ao eliminar o brasileiro Thomaz Bellucci, para horas depois voltar ao Centro Olímpico de Tênis e, ao lado do amigo Marc Lópes, conquistar o ouro em duplas, após uma vitória tensa por 2 sets a 1 sobre os romenos Florin Mergea e Horia Tecau. O esforço cobrou seu preço. Nadal perdeu a semi para Juan Martín del Potro e o bronze para Kei Nishikori, mas ele não deixou de valorizar sua segunda medalha dourada em Olimpíadas – a primeira, em simples, ele ganhara em Pequim-2008. “Foi uma experiência incrível, ainda mais com um grande amigo. Conquistei uma medalha de ouro após dois meses sem treinar direito. Foi maravilhoso, nos divertimos. Estou muito feliz. Jogar tênis é a minha paixão. Esta talvez seja a minha última Olimpíada, tomara que não, mas pode ser. Joguei em Pequim, não fui a Londres. Então, pode ser minha última, por isso vibrei muito”, festejou Nadal.

O aprendiz supera o mestre
Fã de Michael Phelps desde criança, Joseph Schooling surpreendeu o ídolo e a todos que assistiam à final dos 100m borboleta ao bater na frente do maior atleta olímpico de todos os tempos em uma prova acirrada do começo ao fim, impedindo, assim, o que poderia ter sido o tetracampeonato histórico do norte-americano na distância. A medalha de ouro para o jovem de Cingapura, então com 21 anos, não foi o único fato inusitado daquela prova. O segundo lugar teve um empate triplo, com Phelps, os sul-africano Chad Le Clos e o húngaro Laszlo Cseh, rival do norte-americano durante toda sua carreira, dividindo a prata. “Preciso absorver este momento, para aí ter noção do que realizei. O que posso dizer agora é que estou muito honrado e me sinto privilegiado por ter a oportunidade de disputar uma final olímpica ao lado de gigantes como Michael, Chad e Laszlo”, falou Schooling. “Vi o nome dos dois ao lado do meu, e depois olhei para cima novamente. Então olhei para Laszlo e Chad e pensei ‘empatamos em segundo, isso é bem bacana”, falou Phelps.

Ouro e recorde mundial vaporizado
Quando Katie Ledecky caiu na piscina para a final dos 800m livre, todos sabiam que poderiam esperar para ver algo extraordinário acontecer. Nos primeiros 100 metros, a norte-americana já abrira uma vantagem de 12 segundos para a segunda colocada, mostrando toda a sua superioridade. Não bastasse ganhar seu quarto ouro, o terceiro individual, no Rio, a norte-americana ainda vaporizou o recorde anterior ao registrar o tempo de 8min04s79. E isso tudo com apenas 19 anos na época.