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2 de agosto de 2020 ou 14 de agosto de 2016?

Tricampeonato de Usain Bolt, dupla brasileira na ginástica e Lochte nas páginas policiais no 9º dia

Redação Olimpitacos Publicado em 02/08/2020, às 10h00

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Usain Bolt comemora a conquista do tricampeonato olímpico nos 100 m - Ian Walton/Getty Images
Usain Bolt comemora a conquista do tricampeonato olímpico nos 100 m - Ian Walton/Getty Images

O nono dia chegou no ritmo das passadas de Usain Bolt trazendo mais um ouro do jamaicano, uma dobradinha brasileira na ginástica e um bicampeonato inédito no tênis. A página triste ficou pela presença de Ryan Lochte nas páginas policiais.

Raio tricampeão

Usain Bolt brilhou e enlouqueceu a torcida presente no estádio do Engenhão que pode assistir ao vivo a história ser escrita. O jamaicano conquistou o inédito tricampeonato dos 100 m ao anotar o tempo de 9s81. Justin Gatlin (prata) e Andre De Grasse (bronze) completaram o pódio. Após a conquista, a lenda do atletismo fez a tradicional pose de raio e esbanjou simpatia, distribuindo sorrisos e mandando beijinhos para a arquibancada.  “Eu já era uma lenda antes, isso não era uma dúvida. A questão era só melhorar, aumentar essas marcas. Eu precisava deste ouro para confirmar que sou um dos maiores. Estou orgulhoso de mim”, declarou. “A energia do estádio foi incrível. Não esperava que fosse tão grande”, completou.

Redenção e surpresa em casa

Já imaginou a emoção de conquistar uma medalha em casa após literalmente cair com a cara no chão? Bicampeão mundial, Diego Hypolito teve que esperar 12 anos para poder colocar uma medalha olímpica em seu currículo. Aos gritos de “Diego, Diego, Diego...”, a torcida na Arena Olímpica do Rio de Janeiro reverenciava a volta por cima do ginasta carioca após a conquista da prata na disputa do solo. “Não sei explicar o quanto estou feliz. Torcida brasileira, povo brasileiro, se meu sonho foi possível, acreditem sempre no que se proporem na sua vida. Eu esperei esse dia por 12 anos. Na minha primeira Olimpíada eu me achava campeão, não fui e não me achava merecedor. Caí de cara em Londres. Aqui que eu não era tão bom na ginástica, eu me dediquei, eu abri mão de muita coisa e consegui essa medalha”, afirmou Diego em lágrimas.

Porém, Diego não foi o único a levantar a torcida brasileira. Arthur Nory surpreendeu e conseguiu o bronze também na disputa do solo. O inglês Max Whitlock, medalha de ouro, foi o intruso em um pódio verde e amarelo. “Olimpíada é para gente grande, e eu estou crescendo. Passa um filme na cabeça, tudo que passei, treinei, tanta coisa que tive de abrir mão. Aquela hora no chão, ajoelhado, estava agradecendo por tudo, por tudo mesmo, por todos os dias, por dar o meu máximo, crescer como pessoal e também profissionalmente” disse Nory na época. No ano passado, ele mostrou que cresceu e foi campeão mundial na barra fixa.

Bicampeonato inédito no tênis

A disputa do tênis nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro foi intensa desde o primeiro dia quando Juan Martin Del Potro eliminou Novak Djokovic para delírio da torcida hermana que fazia muito barulho. No embalo da arquibancada e com ótimas atuações dentro de quadra, o tenista argentino chegou até a decisão. O rival era Andy Murray, britânico que tinha vencido na grama sagrada de Wimbledon na disputa em Londres-2012, e sonhava com a inédita conquista de um bicampeonato olímpico no tênis.

Na final, o tenista argentino não tinha apenas que lidar com um dos integrantes do Big Four, era preciso resistir a um adversário que vivia grande fase desde o nascimento de Sophia Olivia, sua primeira filha em fevereiro daquele ano, em um Dia dos Pais no Brasil. A valentia de Delpo não foi suficiente para parar um motivado Murray. O britânico venceu o duelo por 3 sets a 1 (7/5, 4/6, 6/2 e 7/5) e garantiu o lugar mais alto do pódio. Mesmo derrotado, o argentino foi ovacionado, reconhecimento pela recuperação após as cirurgias no joelho, problema que ele enfrenta até os dias atuais. O bronze ficou com o japonês Kei Nishikori, que derrotou Rafael Nadal.

Campeão nas páginas policiais

Ryan Lochte sempre foi notícia pelos ótimos resultados na piscina, dono de 12 medalhas olímpicas (seis ouros, três pratas e três bronzes), além do gosto peculiar na escolha do tênis que calçava antes de cair na água. Porém, no Rio de Janeiro, o norte-americano acabou parando nas páginas policiais após encerrar a sua participação. Ele participou de uma festa no Club France, na região da Lagoa Rodrigo de Freitas, e depois pegou um táxi com mais três nadadores (Gunnar Bentz, Jack Conger e Jimmy Feigen). Lochte relatou que o carro em que eles estavam foi parado por “Indivíduos se passando por policiais armados” e que sofreram uma tentativa de assalto.

Porém, a investigação mostrou nos dias seguintes que a história foi diferente. Testemunhas e imagens de segurança de um posto de gasolina mostraram que o grupo depredou o banheiro no local, se envolveu em uma confusão e acabou proibido de deixar o estabelecimento por seguranças. Após a farsa do assalto ser revelada, Lochte pediu desculpas em uma rede social. "Quero pedir desculpas pelo meu comportamento na semana passada – por não ter sido mais cuidadoso e sincero na forma como eu descrevi os eventos daquela manhã e por meu papel em tirar o foco de vários atletas [que estão] realizando seus sonhos em participar da Olimpíada. Eu esperei para dividir esses pensamentos até que houvesse uma confirmação de que a situação legal tinha sido resolvida e que estivesse claro que meus colegas de equipe chegariam em casa de forma segura", declarou.