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Mercado da Bola / ESCLARECENDO!

Presidente do América-MG explica procura do Grupo City por clube: "Não se interessou não sei porquê"

Equipe mineira está de volta à elite nacional depois do vice na Série B

Redação Publicado em 12/02/2021, às 09h06

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Lisca, treinador do América-MG em campo - GettyImages
Lisca, treinador do América-MG em campo - GettyImages

Depois do vice-campeonato da Série B do Campeonato Brasileiro, o América-MG está de volta para a elite do futebol nacional e segue firme no projeto de se transformar nos próximos anos em clube-empresa.

Segundo informações do site "ESPN", um dos nomes à frente deste processo, Marcus Salum vive agora seus últimos dias no cargo de presidente do Coelho, mas apesar disso, ele segue animado com o planejamento realizado para o futuro.

Mesmo conversando com interessados em investir no projeto do clube, o dirigente já sabe que um desses parceiros não será o City Football Group.

A empresa, que conta com capital árabe, chinês e norte-americano, é a responsável pela gestão total do Manchester City na Inglaterra, mas também está à frente de equipes como New York City, Melbourne City, Girona, Guayaquil City, Montevideo City e mais recentemente o Bolivar.

Em entrevista ao portal "Superesportes", Salum confirmou que a holding foi procurada, mas não avançou com uma proposta à diretoria do América-MG, esclarecendo um rumor.

"O City Group foi procurado e declinou da proposta. Ele não fez proposta. Ele foi procurado. Todos os grandes clubes do mundo foram procurados, e o City Group não se interessou pelo América, não sei porquê", disse o dirigente sobre os rumores de que um avanço com os ingleses se deveu à negativa mineira de mudar identidade.

"Quando assino NDA (Non Disclosure Agreement: acordo de não-divulgação), já vão as minhas condições. O América não muda escudo, não muda nome, não muda estádio, não muda nada. Isso é condição pré-fixada. Eu chamo de ‘golden share’. Não muda. O América não precisa do clube-empresa. Ele vive sem o clube-empresa como viveu a vida toda", contou.

Esse projeto Clube-Empresa do América-MG foi apresentado aos conselheiros do clube em julho de 2020, prevendo que a instituição "Continuará sendo uma associação privada sem fins lucrativos", mas prevendo a criação de uma nova empresa, em parceria com o investidor, para administrar a gestão do futebol.

Em comunicado endereçado aos torcedores, a diretoria garantiu que "Uma das premissas do projeto é manter todos as características centenárias e tradicionais do América, incluindo seu nome, escudo, cores, uniforme, hino e localização".

Para Salum, este é um ponto que diferencia o modelo mineiro para o implantado no  Bragantino, que passou a integrar a marca Red Bull ao nome.

"Nós não tivemos um grande negócio até hoje no Brasil de clube-empresa. O Bragantino não é um negócio de clube-empresa. É venda de ativos. Compraram o clube para pôr a marca", disse.

"Na nossa visão, o ‘América Futebol’ é que está em negociação. O ‘América Clube’ não está em negociação. Patrimônio do América, as coisas que o América tem, não estão em negociação. O nosso projeto é montar uma nova empresa, em sociedade com investidores, para tratar de futebol. Não é ceder a empresa. É trabalhar ao lado da empresa, com CEO, toda diretoria executiva contratada, e o América com assento no Conselho de Administração - junto com investidores e com um terceiro contratado de mercado. Um trabalho em conjunto", continuou.

"Acho que, no mercado brasileiro, os investidores serão os mesmos investidores dos clubes da Europa. São os árabes, são os russos, são os ingleses - são os grupos milionários que investem nos clubes da Europa", finalizou.